27 de dezembro de 2008

indizível




a leveza indizível do amor dissipou-se no peso úmido das minhas águas doídas
o nada foi trazido nos prantos para ocupar-se do posto das tuas carícias
o vazio que pus no lugar das tuas relíquias
hoje brindou a saudade de tudo que eu trouxe na língua daquela vida
ocupar-me disso deve ser recaída
ou pode ser a chuva que você fazia naquelas minhas ruas sem saída
submetendo às cores a minha alma insípida
ahhhh a leveza indizível do amor enforcou-se no peso úmido das minhas águas tingidas
a beleza fingiu-se de dor

e por fim sucumbiu-se à ela padecendo de arrependimento

se eu pudesse fazer outra coisa

insistiria em manter-me imune ao desejo da tua saliva

20 de dezembro de 2008

Torpedos: mensagens on line



Mensagem 1/3 (enviada)
trago no peito um sussurro doído de saudade ou de vontade mas que não pode esperar, por isso consola-me pensar q não te verei até q

Mensagem 2/3 (enviada)
chegue as boas novas do ano q se aproxima. E se estiver errada será bom poder antecipar o encontro com aquele q não sai mais do meu

Mensagem 3/3 (enviada)
pensamento.
desculpa
já não sei mais oq estou fazendo sigo os sopros do meu coração e não encontro freios agora bjok seu Preto feio!

Uma criatura

baseada nos últimos acontecimentos
por que não me serviam os meus aviamentos
apropriei-me do Machado para obrigar-me ao silêncio que se fazia necessário...
Bom divertimento!!!




Uma Criatura
Sei de uma criatura antiga e formidável,Que a si mesma devora os membros e as entranhas,Com a sofreguidão da fome insaciável.Habita juntamente os vales e as montanhas;E no mar, que se rasga, à maneira do abismo,Espreguiça-se toda em convulsões estranhas.Traz impresso na fronte o obscuro despotismo;Cada olhar que despede, acerbo e mavioso,Parece uma expansão de amor e egoísmo.Friamente contempla o desespero e o gozo,Gosta do colibri, como gosta do verme,E cinge ao coração o belo e o monstruoso.Para ela o chacal é, como a rola, inerme;E caminha na terra imperturbável, comoPelo vasto arealum vasto paquiderme.Na árvore que rebenta o seu primeiro gomoVem a folha, que lento e lento se desdobra,Depois a flor, depois o suspirado pomo.Pois essa criatura está em toda a obra:Cresta o seio da flor e corrompe-lhe o fruto,E é nesse destruir que as suas forças dobra.Ama de igual amor o poluto e o impoluto;Começa e recomeça uma perpétua lida;E sorrindo obedece ao divino estatuto.Tu dirás que é a morte; eu direi que é a vida.
Machado de Assis

18 de dezembro de 2008

Cartas a um amor inexistente



Quinta, 4 de Dezembro de 2008


Querido correspontente,


Não posso mais apropriar-me das palavras. Desde aquela outra língua, que não - Eu não tinha! - mas que eu queria... Desde que não falasse quando sobre a minha... Desde esse dia, que nada mais me basta e que nada além me encontra na coisa toda da palavra rebuscada. Apenas por que as intenções antecipam os verbos e tudo o que pode ser, teria sido feito sem pronúncias... Adiante tudo isso nesse tal de agora, o fim!
Sempre tua,


Tata Muchacha

13 de dezembro de 2008

Ilustrações de QuinhoAmor em palavras TataMuchachaAmorosa (Projeto de dois amigos que se encontram nas estórias sem medo/ Status: em desenvolvimento)


Querido amor de cartas correspondentes... Meu menino lindo,

Sobre o azul da tinta e outros planetas...

Aqui estava eu de novo. Voltada à minha gente, em casa! Desnuda com a minha terra, na mata. Descalça sobre a tua pele... NA MINHA!Escoltada por aquele meu calor nos trópicos do seu Câncer... resquícios de um não-entendimento e dessa coisa toda do SEU todo nunca vivido.
Sobre os meus seios, outras línguas, também vividas como a sua, mas mais antigas e medievais na estórica CARNE MINHA!
Não expus muito as minhas capitanias, estavam feridas de uma água ardente que eu continha e estavam também nas minhas coxas sempre virgens da tua boca ida, rodada e sempre nova quando volvia.
- Como viver sem isto?-agora me pergunto - e que mal havia nas entranhas dessa gostosa euforia?

Aqui, se me faltava o teu protagonismo fóbico, estava farta a mesa de coadjuvantes potenciais à loucura do acasalamento. Aos meus relevos, era o toque enriquecedor de que necessitavam os meus dedos. Tinta azul alagada de ensejos e muitos papéis em branco para deixar a impressão dos beijos. Vivo, por isto, até que bem com a minha família.

Aqui, a geografia dos meus desejos parecia instintiva, de solo vermelho e árido. Encontros de acaso em meio à caatinga... E os seus pelos na memória dos meus cheiros, banhados por um mediterrâneo meio ao meu afeto atlântico... Sal responsável pelo aquecimento dos meus globos, glóbulos de um rubro vulcânico ariando a pesquisa das planícies... Planos que voam com os ventos rochosos das tempestades que ainda viveremos.

Como derreter esses medos?- ourta vez me questinando- e que mal havia nas ilhas esfumaçadas dessa estrondosa harmonia?

Homem-Mulher-Homem-e tudo mais...

Mas aqui estava eu de novo quando, pela manhã, sentada à minha janela e indiscreta, olhando os restos no teu prato nú e lambendo os dedos antes de entupir-me da lua e saciar-me de tu; quando soube do seu câncer e não consigo dormir. Todavia, devo escovar-me os dentes e por-me calada a tentar. Amanhã, te trago as flores e NO PEITO e pago-lhe os amores e bem-feitos.

Com amor deformado,

Tata Muchacha


P.S e por que ainda estou aqui: Aqui está um trecho de amor para o nosso projeto, para um seu desejo e um nosso jeito de viver o certo.
Pra falar de dor, ainda que enfermos, é preciso antes saber "quem pagará as flores se morro de amores".

Ainda chego logo, por enquanto, não tem jeito. Assim que em outros planetas, te vejo.


14/12/2008

2 de outubro de 2008


Ninguém, e toda ausência de vida humana aqui é bem vinda; poderia lhe dizer o que seria certo fazer. Então, começou, por si o movimento do fosse o que fosse. Assim sendo, fosse o que fosse seria assim mesmo esta coisa toda sendo...

Capítulo 1. Flores laranjas, amoras e grama.



Fosse o que fosse, a vida não passava de uma deliciosa brincadeira. Era feita de algodão -doce-de-leite, no alto de uma praça de qualquer quarta feira. Uma dessas quartas de fazer quartos na quadra, cobrir-se de risadas, entupir-se de todo o prazer até sentir que a carne está farta... Ao passar do deleite, despertar como se a Quinta que vem depois na Feira da Semana, fosse ainda a quarta, o quarto, um sonho de flores laranja, amoras e grama. Gosto de tangerina na vontade de plantar um pé de pitanga. E essas coisas todas eram o que eram: um mar inteiro de peixes só para nos saciar. Ah-mar, era como se soubesse o que era, a-mar! Uma água que ensaboava o melado fundindo em sussuros, invadindo os muros internos do medo, inserindo fluídos coloridos de todo o vapor que refletia a comunhão no banheiro do espelho. Era isso: Fosse o que fosse a vida não passava de uma tempestuosa relação ingênua entre a dor e o desejo.


Com amor em água fervendo,
Tata Muchacha

20 de setembro de 2008

fosse o que fosse...

zero7: speed dial no. 2
http://www.youtube.com/watch?v=55KhROJUIOs


meus olhos encontraram a velocidade e a luz
e hoje posso me entender
por ter gostado
e por tanto tempo
por usar os três pontinhos para prorrogar
por e só para dançar sorrindo até o fim do enredo
se eu questiono, eu mesma respondo,
se eu conheço me desfaço e desconheço
re-conheço me dou de presente o risco
eu mereço
re-começo
transito para entender a quebra repentina de rotina
e na nuca dessas estrelas que trago com meu desejo
não sei se já nasceram, se duram ou desfaleceram
meus olhos
delas
já se entupiram
entorpeceram
escrevo não mais só em vermelho
tem um neon nas formas do meu reflexo
ou no espelho
mediante a esse arco-íris dourado
que cruza o centro com o sol
encontrei o encantador do medo
en-casador de anseios
meus olhos aqui estremeceram
mas republicaram-se n'alma daqueles edifícios
nas artes dos ofícios...
enfim, no modo como tudo eu vejo
e também tem as curvas daquela serra
no para-qualquer-peito da janela
maçã-verde para um sabor sem culpa
amor em livre-queda
para que cair?
mas que se quebrar a gente concerta
ali misturada eu fui descoberta
apertando nos lábios a carne das tuas pernas
esquentando as minhas sobre as tuas pedras
adormeci e dormi ali como há tempos
o mesmo com que hoje desperto
se vamos fazer coisas juntas deve saber de tudo isso
não posso mais desse você que eu já escrevo
escondê-lo
esse tipo de amor
tem substantivo próprio no dna dos seus cabelos
um de poucos
poucos de muitos
muitos de beijos que aqui eu declaro e dou
e que eu quero
meus olhos fundiram

2 de setembro de 2008

revivida, invadida, indigesta e reedificada...




invadiu-me assim
como quem não podia mais esperar
passeou por entre meus poros e enfiou suas línguas por entre as minhas
Possuindo todo escarlate
e possuindo também os meus lábios foi que proclamou, infindo que parecia, os seus anseios
Por tanto, é assim que eu lhe escrevo hoje... entupida da tua invasão
Re-visitada... re-encontrada... na mesma métrica e rima
com o mesmo embalo daquelas pistas
Saudosa que estava da preta latina cigana muchacha que por mim e por vezes em mim habita
e que no ritmo da poesia da conterrânea periferia reencontra a alforria libertária para despir-se de seus medos
esculpiu-me assim
Intimamente perdendo e partindo, invadindo e sentindo, fazendo sentir e sem nenhum sentido... saindo sem ficar, ficando sem sair... sacudindo
Re-sentida incendiou como emergiu em minha pele
dono daquele mesmo apreço
espumava nas tuas palavras feito onda em dias de destempero
de todo o prazer que sentia
as suas pitadas íntimas
as suas picadas ínfimas
aquele seu desprezo corrosivo às minhas tranças
aquele seu líquido explosivo
que saia todo em um gemido festivo
afeto de tolo esse seu
diluindo as minhas crenças
carinho de bobo esse meu
destruindo as minhas verde-crianças
Mas ontem foi assim que suspendeu-me
Surpreendendo de leve
e em leveza subindo em mim a percepção
lá de cima já
invadida, fudida, enfeitada
eu vi:
era um edifício de mais de 365m
construído a cada uma medida um dia
assisti toda cena daquela erosão
toda corrosão sendo corrompida

Chorei em soluços por cada penetração íntima
por cada intimação penetrada
lamentei toda latência das minhas meninas nuas
e lembrei de todas as vezes em que você goleou naquela pelada
encontrei a sua ausente presença encantada
a sua nunca importada ou emocionada risada
ali, sentada nas ruínas daquele terreno baldio
Descalça e com a sola dos pés caleijada
Possuída na poesia da brasa que sedimentava os meus buracos e ruas
encontrei paredes rabiscadas pelas minhas e pelas tuas mãos
desenhos de letras-calçadas
sonhos de uma aventura entre as pernas mal contada
e foi assim que invadiu-me de novo
úmido
e naquele chão já sangrado
tudo pareceu estar pronto para ser replantado
uma teimosia me bate quando ele me invade
uma certeza me corrompe quando ele anuncia que não é preciso chamar o padre
pro defunto era tarde: Dado que já morreu, fedeu e fertilizou a terra
pro que era doido acionaria o alarme: Posto que já viveu, já sofreu e enloqueceu na espera
pro que era noivo serviria somente pra encarte... pois já tocou na bolha invisível dos parques, já soou na rede imaginária das telas conectaveis, já parou o trânsito desconexo, no meio da hora do rush para selar com um abraço sincero um novo tempo
um novo entendimento, um desconhecido outro entrelaçamento de almas e dedos

E como quem não podia mais esperar estava sedenta, com a boca sempre pronta para lavar, com a carne vermelha-indigesta para te sangrar... esmolando seu peito em espera para que os meus você venha logo estampar...

29 de julho de 2008

protesto contra a banalidade do primeiro momento


vai tomar no meio do olho do seu cú

vai se foder

caralho

porra

puta que pariu

seu filho da puta

idiota

desgraçado...

tá pensando oq?


eu podia começar assim o texto sobre a ira que veio no seu lugar

faltando um pedaço do nome

pra dizer que você não veio

acontece que depois de conseguir controlar a respiração

percebi que não tinha mais por que lamentar

aquele lago?

não estava mais lá

onde enfeitou com asas úmidas

a cidade das minhas emoções

nem sequer sua língua ecoava no desejo que a minha boca teve de se ocupar...

amanheceu

e nenhuma notícia do hospício despertou minha calma

e o sol que fazia

aqueceu o buraco gélido que me embalou até nanar

o azul tingiu a secura

e o meu chá que quase emperrou na minha própria garganta

dilui as lembranças

sem memórias

sem mais iras ou risadas

sem nada

e sem mais...

tudo isso me fez lembrar da campanha q estreiou mas não continuou no ar

tata muchacha contra a banalidade do primeiro momento...


um coração infartado de desejos

uma boca cheia de beijos

uma minha cheia de anseios




25 de julho de 2008

cometendo pecados...


corações par.e.amor.neon por chá de mim!!!

perdoe-me mas é que hj amanheci sem palavras
estive em algum lugar da rua
acho que até que foi ontem
passeei por dentro da lua
talvez numa praça qualquer
lancei minhas jardineiras no lago de um parque
despida e envolta de uma bolha invisível
encatada no afeto dos seus quero-quero-meninos
afetada por afinidades beijadas
saturada na tua alma roubada
enfumaçada com teu rosto
bonito!
querer eu queria
poder
não podia
era previsível mas nada indesejável
e sob os cuidados das asas daqueles que voam e querem
como você
fizemos molhar as folhas secas
que forravam a terra
nos permitimos
fomos nos invadindo
mas hoje
não tenho como dividir toda essa coisa sua que ficou em mim
toda essa loucura que andou por mim
e que esteve tão lá
quanto aqui
ontem eu andei por ai

cometendo pecados...


perdoe-me
mas é que hoje a alvorada me trouxe a ira

o sol levou a lua

e fez-me confessa de mim

confusa e afim

e mais...
andei rompendo os contratos sim
e pior
acho que desapareci você na minha boca
e colocando você aqui

nada mais será como antes

e o melhor...
nem uma notícia me diz que continua
não há correspondências que lhe anunciam num fim...

andei cometendo pecados...

17 de julho de 2008

afeto-e-ações



o que podiam dizer
nada sabiam definir
e pra quê?
mas afetados brincavam com o não saber...
e o que era o afeto?
sentiam
e de fato afetavam-se
e...
não feria
não batia na carne
mas percorria-a com as mãos
num roubado escarlate-neon
na língua a invasão das enchentes
no gosto um tato subserviente
mas por que nada queriam definir?
de onde vinham e pra onde conseguiam ir?
o que querem teus olhos quando fecham-se em mim?
e se colarem?
e mais... por onde derrubam a volúpia
quando desfecham?

enfim, saíram do feto daquela vontade
crescendo sob o impacto daquela lua
por diferentes e respectivas-cada-um-na-sua-rua
e no caminho para casa ela soube:
(ainda sobre os pés que a caminhavam afetada)
e sem entender oque houve
e com toda aquela leveza do sem querer
e querendo por agora apenas um mais nada
flutuante sobre toda vertigem daquela afetação toda
sentiu que era

9 de julho de 2008

o que era o par*E-AMOR;NeoN?^^^^





era o vento!
... parecia ruir aerado a sua presença
(colocando aqui -bem perto de mim-essa-sua-toda-existência)
... e eu querendo ver o jornal publicar a sua ex-periência
e saberserESSE*seu*(ex.EMPLO_DE: passado)
ESSA COISA SUA
enfim
delici-ando você nessa minha ciência
TOM.ANDO VOCÊ NESSE CHÁ DE Sim
e de mim
e feliz
e (não) era o tempo do fim!

P.S: Não perca o lançamento das camisetas deste texto.
se perder eu também ganho todas pra mim
afinal, é desse sabor que as fiz!

Para o meu João e o Seu Pedro
(rê-conhecido pelo meu umbigo-mundo: Ofilho)

23 de junho de 2008

aproveitando pra usar o verbo amar

Aproveita e enche meu copo com a sua coca?
Guaraná
Soda
Fanta
Tanto faz...?
Obrigada!

Aproveita e entope a minha boca
Com a sua língua
Quando o caso for para eu não fumar
Antes disso saiba que eu não quero o seu amor (não gosto de subst.antivo impróprio)
ituto de amigo
versivo delírio
merso instinto
Solo de abrigo
EU SOU A CONJUGAÇÃO INTEIRA do seu verbo (ação)-AMAR
Eu não gosto da dor
Sou mais afim de do(u)ação
De do.ar
Que me faz pensar em asa...
e que precedido de quaquer vô... libertará
Eu encanto sim, com minha flor
Mas eu te derreto inteiro com o meu a-mar
Sou sua mar-é
E amar-é-soul-eu
E você?

P.S Hoje é aniversário do meu primeiro namorado (aquele que por 8 anos acreditei que morreria ao meu lado... ) , mas HOJE... é mais um dia de amo você platonizado!

hoje eu (perdi) e minha estréia!




hojepenseiquepodiater-SÓ-perdidoaminhaestréiademimedochá.

MAS... HOJE! eU TE vI... aSSIm...

/dividindo UM AbraÇo COmiGo!

(1) (EU)

AH...

vONTADE QUE DÁ E NÃO PASSA

essa de dormir com o seu Juntinho!

vestindo apenas o couro-corado esculpido a linguas no tato

esse nosso-encantamento... de olhos bem fechados

PaSSEando HOras no IMaginárIO

encorpando um liquído apaiXONado
entre tuas honras de macho


HoJe eu PUDE saber que Perdi
a ANUNCIADA-PRogramada EstréIA de MIm

Mas o que EU SEI: É QUE se EU perdi eu NÂo ACHei...

MAS EU Achei VOcê-AQUI
neste intervaLo... vago
nos teus braços-de-vagão-subterrâneo
E vocêbem PERTO
Dentro-Invadido-neste-SEu-canto-Espaço


Hoje eu estou só-mente FELIZ!

(e literal-na-mente também)


1. EsTreei ANTES mesmo do que PENSEI que QUIS

(e depois)

2. LiGuei meUs Pontos do começo, também no MeiO e passado... no FIm!

3. Achando DepoiS O que PERdi!
HOje mesmo EU Entrei depois que Sai...
E Em você um MIM-EU VI!



8 de junho de 2008

chá-de-mim


meninas é a tata no mail da fefa
olha oq eu fiz hj
tive um fim de semana chá-de-mim, não entrei na internet, perdi uma casa ganhei outra com família, vendi camisetas customizadas por mim que é do chá, saí com a tata muchá-chá fui manequim de bazar, tomei vinho, pintei parede, saí, bebi, fui na casa de um quase-parente, conheci gente...
gente... bom, ótimo e tinha o menino bonito, um menino muito bonito, nossa! mas que menino bonito, e eu olhei com olhos-de-falando-isso-pra-ele, cantei, fiz freestyle na mpb, fiz samba de roda, parei no amor neon, par.e.ei, fui pár.e.o duro pra mim mesmo, e de mim venci, foi o vencimento do ano!... e ... gravei programa de rádio, fizemos o logo do chá, papel de carta pra encantar namorado, vale amiga bonita, pra um amigo-de-um-ex-namorado, meu amigo refugiado... descobri que tenho um pra mim, que é meu filho, que é joão,pedro, que é lindo... chamei marcelos e paulos, janetes e mauros, xuxu foi machado,e a natty: tiago! e tudo isso andando de carro... na rua pra fazer contato só por que eu adoro quando vc me olha assim... PARE, AMOR... O VERMELHO É NEON! E O CHÁ DE MIM TAMBÉM!
enfim adorarei ter outra oportunidade para nos encontrarmos em breve...
e vc?
let me know about u!
bjocas
em breve o lançamento oficial da coleção de camisetas do chá-de-mim... enquanto isso... tome o seu! www.cha-de-mim.blogspot.com artesanal... por R$ 25,00 e se quiser trazer a sua camiseta R$ 15,00 ligue: 8869-9596 ou mande email: tatafegon@gmail.com um beijo com referêncis de Klimt nas telas, clarice nas páginas, e programa de rádio me-rritas do chá de mim Boa semana

24 de maio de 2008

sei lá oque é esse texto



OS SERES PROVIDOS DE MAIS SENSIBILIDADE TENDEM A ENTENDER E ENXERGAR COM MUITO MAIS SIMPLICIDADE E FACILIDADE A VIDA O AMOR E AS COISAS À NOSSA VOLTA....O PROBLEMA É A RELAÇãO QUE MANTEMOS COM AS PESSOAS NãO RESOVILDAS... E NESSA ACABAMOS CAINDO NOS PENSAMENTOS SEM FUNDAMENTOS.O SENTIMENTO DO AMOR É ÚNICO E PURO.ELE NãO PODE SER DUVIDOSO
mas a verdade é que eu estou contundida
confusa as vezes até sentida
sei que eu sou mais isso de crer e viver
mais isso de arriscar por que eu gosto de cheiro
não de perfume ou se é importado
de andar descalço
e não de carro ou tênis caro
eu sou mais disso
gosto de um beijo gelado
de amasso bem dado
de abraços apertados
e não de macho e briga de galo
gosto de amor apaixonado
de ficar sem fôlego
e também de pudores rasgados
gosto da calmaria
da primeira hora do dia
seja para despertar-me ao seu lado
seja para despedir-me do seu tato
gosto de despir-me de tratos
gosto da libido e do acaso
tenho fascínio pelo que me é dado
gosto do improviso
das cores volupiosas
das palavras sinônimas de deliciosa
e também seria neon nas letras mais gostosas
e nem por querer sou puta
arranco-lhe o medo com a boca
derreto o gelo com o peito
sufoco a ira com dengo
mas sigo confundindo meus próprios letreiros
aprisionando meus adornos
ficando sem fome, sem graça e sem jeito
fiz de você meu navio negreiro
agora a alforria fez disso tudo meu pesadelo
não quero gostar
não consigo acreditar que não queira
mas não sinto o escarlate entorpecer minhas veias
quero sumir dessa teia
quero acertar da próxima vez
quero uma inteira
não quero sentido pro texto
não quero mais não nem pretexto
quero fazer assim
na casualidade impulsional de gastar horas
tecendo fantasias com os teus anseios

ainda perdida entre os sabores
os pecados e seus ensejos
contundida
confusa
sozinha
ainda aprendo algum jogo
te jogo na mesa
quebrando seu taco
ainda entro de jeito
tocando o barraco
te levo pra londres
te faço o meu caro!

20 de maio de 2008

ALÍ-cia & Mesmo





Ali, sob a circuncisão das cores que fundiam-se em creme
e, sobre a sua, aquela outra mão...
Essa toda uma maciez oriunda do rosa
já antigo
afastava-os do gemido das ruas
trazendo-os tragados na fumaça que sentia beijo naquele gosto.
Delineavam movimentos singelos de uma explosão absoluta
revelavam-se nas ondas-cinzas-vapor daqueles marrons-tabacos...

E o alarde estava nas úmidas superfícies baunilhadas
tocadas pelas cruzes que teciam em seus dedos...
Não eram permitidos, mas dedicavam-se respiradas orações
tão puras quanto a textura branca do leite!

Dedilhavam também os dourados de suas carnes
caramelizando-as em rimadas línguas.
Se pudessem ouvir aquele banquete: ensurdeceriam!
Naquelas salas, surgiam exclamadas fendas
Desenhadas pela espada-coragem da saliva que deslizava impiedosa... cobiçando tudo molhar.
Ali trocavam seus bilhetes, farejando-se
intimidando a frieza do azul, comprando o céu para os seus deleites.

Era uma pena que ele não trouxesse nos olhos o azedo-limão e o incomodado-verde...
Faltava-lhes a esmeralda-esperança àquela condição
Mas tudo mais diluía-os em encantados gases neon
a dissuadir pela cidade a volúpia libidnosa de seus vermelho-isentos-do-medo...
Seriam suas as letras ambulantes a contaminar a cidade com ritmo e poesia e anseios...

Mas era abrir um só caminho pro pensamento, que Alí (mesmo) confundia-se toda:
de quem eram os seus sonhos-lambuzáveis?
... Qual o nome tinham os cavalos dos seus pesadelos?
Quem os faria doces? Como se chamaria o seu de-sonhos-confeiteiro?

Ali, sob a circunferência de si mesma
entre os tremores e seus colecionáveis-amantes
achava-o
e então, ambos fugiam cortando-se em raios...

Mas não antes de delinearem-se laser.
Condicionavam os verbos, criavam...
Tempesteando a sinestesia em muitas vezes
e a cada faísca
em cada ensejo sobrepunham-se
E adornavam muitas vezes sem o medo, pois sabiam-se.
Reconheciam-se antes e após qualquer outra cor-fundição ou sentimento.
Mantinham-se incorruptíveis ao tempo
possuíam muitos corantes
Porém cândidos, eram apenas os seus desejos.

Mas era Alí ouvir uma outra fagulha qualquer
um lampejotolo
que ela dividia-se-os:
Quantos haviam entre aqueles âmbarados incêndios?
Não! Ela não sabia...
Permissiva era apenas ao que sentia
ainda que não compreendesse...


E à sua causa havia a encantada-furta-cor do se-não-der-certo:esqueço!...
... E quem esqueceria aquele licor de delícias fumado no beijo?
Quem a rê-petiria?
Quem não e quando podia?

Alí-cia nada sabia! E não Mesmo!

17 de maio de 2008

Rê-leituras (O dÊ- noVO)

(I - Sobre O JOGO)

Queria jogar-me
Mas não por não estar pronta...
... Pra que tudo que eu quisesse...
... Pra que tudo que eu quisesse fazer
Eu fizesse
Sempre que eu pudesse!
Acontece que essa combinação não é minha!

(II - A SABEDORIA)

Queria saber-me
Mas nem para entender o poder
... Pra que eu tudo soubesse...
... Pra que eu tudo soubesse fazer
Eu pudesse
Sempre que eu quisesse
Acontece que essa limitação não é minha!

(III - A AÇÂO)

Queria fazer-me
Mas nem só por querer
... Pra que tudo que eu quisesse
... Pra que tudo que eu quiser fazer
Eu fizer
Sempre que eu puder
Acontece que qual é a minha?

(IV - A RÊ-SPOSTA)

... E a minha é querer-poder-e-fazer-sempre-o-tudo
Mas nem por só isolado querer
... Pra que tudo assim eu puder
... Pra que tudo seja mais do que a força da crença
... Pra que o amor aconteça
e para que dançar, para que permitir, para que experimentar
Sempre que eu quiser
Aconteça com muito você
e com a minha...

(V - O ADORNO DO DE NOVO)

Para! Que o tudo não finde!
Parar é para o que não o Bem!
Parandopara todo o Quem!
E para a inquietude do muito-tudo-isso-assim
Parado por aqui para mais-e-além
Ee que a prostração seja o nosso Amém
Parando o silêncio numa música sem fim
Criando você sem parar por aqui
Encontrando-o sempre foragido no meu afim!

20 de abril de 2008

pausa: uma conversa sincera com papai do céu!


trilha sonora da leitura: aphex twin: avril 14th


obrigada papai do céu
por ter me dado o barro
quando eu quis modelar meu próprio vaso
por ter plantado em mim a semente
quando eu quis meu colher o fruto do meu próprio ventre
obrigada por ter me feito tão descrédula de mim
quando eu precisei acreditar em sorte
por ter me concedido a fórmula do chá de mim...
obrigada por ter me dado bons amigos
quando me faltou crença por conta de alguma dolorosa morte
obrigada pelos nãos
e por todos os afins;
obrigada papai do céu
pela herança da humilde família que carrego no sangue
obrigada por faltar quando eu precisava fazer meu próprio bang
obrigada por aparecer quando eu não podia mais ser meu próprio estanque
obrigada por colorir o mundo
obrigada por perfumar a flor
e por tudo que da terra é oriundo
obrigada papai do céu
não só por mim ou por meu filho
não pela minha acolhedora família
ou por meu elogiado jeitinho
mas por tudo!
e não só por hoje que a morte me fez chorar
e clamar por carinho
feito cão vagabundo
obrigada pelo mistério da fé
ou por não sabermos tanto quanto gostaríamos
ou por precisarmos confiar quando pagamos para nos tirarem o juízo
obrigada pela dor que dá
pelo amor que já encontrei
ou por aquele outro que ainda há de chegar
obrigada papi do céu
por todo esse isso em que me transformo
quando sou tocada pelo vento e posso agradecer o sopro!
obrigada papito do céu pela inocência perdida
pois é facilmente recuperada
obrigada pelos amigos que me foram dados de graça
obrigada papai do céu por cada uma dessas lágrimas
que me escorrem pura de gratidão
obrigada por depositar aqui a moeda do afeto que paga os gastos do meu coração
obrigada pela janete, pelo mauro, pelo rafael e pelas fernandas, pelas natálias, pelos marcelos, pelos allans, pelos fernandos, franciscos, paulos, pedros, isabels, pela única mindica (pequenina e admiravel avó) pelos olhos de Joaquim que nasceram verde e partiram azuis... por todas a marias e suelis, marílias e natalies, pelos alexs e fabianas, pelos luis e marianas, pelas anas que são júlias e pelos antonios e reinaldos, pelos marcos... e pelos JOãos
Obrigada papai do céu pelo mru prórpio JOão
que eu tanto quis ter solteira mesmo... e você sabe o quanto eu pedi... obrigada pelas cris... pelas elis e por tudo que eu fiz!
obrigada papai do céu... por tudo aquilo que aqui eu escondo e por me conceder o arrependimento quando eu erro!
obrigada mesmo

13 de abril de 2008

HOJE MESMO EU VI VOCÊ


HOJE MESMO EU VI VOCÊ!
pude sentir
e sentia!
HOJE MESMO NAQUELA GALERIA...
... NENHUM LAMENTO RECORDADO EM MIM CHORAVA!
MAS TALVEZ ALGUMA AGONIA
ALGO COMO A CHUVA
uma saudade que CHOVIA!
e eu que já nem sabia
eu que NEM SEI quando é que o seu Preto foi DIA
e se o ter pra você
era como eu o tinha
mas FOSSE O QUE FOSSE
lembrei-me dos passos
de todos os quartos que não existiram
de toda aquela brilhantina
e soube!
houve mesmo aquela última noite
em que levamos o nosso afinado baile para passear pelas ruas
que sorriam!
bebíamos cores na cidade cinza
e eu contava as flores das luzes que amanheciam
displicentemente
inocentemente culpada
sob o escasso momento da tua companhia
raiada na aurora inocente do sol
corrompendo a distância sem, enfim,
nenhuma mílicia
última noite de uma primeira vez
único dia depois de uma minha última primeira noite de primavera
singela e assustada malícia
era a primeira vez que eu podia
a única vez que teria
a última vez que seria
tormento
desejo e delícia!
e como aquela noite
que nem sei mais se foi dia
como aquela...
com VOCÊ
eu que não sabia antes
e hoje
HOJE MESMO QUE EU VI VOCÊ NA GALERIA
SOUBE
só aquela eu teria!
...

HOJE MESMO EU VI VOCÊ
nem doía
quisera fosse aquele outro tempo
doce como o mascavo daquele nosso chá preto
descalço sabor guiado de vento
pés nossos que seguiam
sem nenhum tormento
pés que podiam passos
passos que lambuzavam de quereres o momento
...

HOJE MESMO EU VI VOCÊ NAQUELA GALERIA...
nem perto chegeui
e quando cheguei
sabia...
era o cheiro da tua presença
era perfume da tua euforia
era o teu cheiro
e isso eu sabia
isso qualquer uma de mim reconhecia
da lembrança das pistas
daquele RASGADO PLATÃO dia
como pensei eu que esqueceria?
eramos admiradores das nossas companhias
não era carnaval
mas não faltava o neon
e não tinha muita neblina
e das serpentes
fizemos serpentinas
SÓ HOJE MESMO É QUE EU VI
ERA VOCÊ!
sem mentiras!
...

HOJE MESMO EU VI VOCÊ...
e nem no seu rosto eu olhei
só pude notar que com os SEUS olhos eu fiquei
cruzando-os com os meus que já quiseram
e que queriam
mas tudo era VOCÊ de um outro dia
UM vão
estampado em minha memória
MAS ERA VOCÊ salvo
ERA UM VOCÊ
E ERA TUDO SEU
NA MINHA POESIA
E HOJE QUE EU RÊ-VI VOCÊ
...
HOJE MESMO NAQUELA GALERIA...
EU QUE queria
nem queria
EU NEM MESMO EM VOCÊ amanhecia

e dentro da batida
dentro do meu peito
chovia!
e eu que nem queria
eu que quis
nadar por entre as gotas da tua alegria
pecar de vez em quando pra dançar com a minha menina
eu quiçá
QUERIA!
NÃO HOJE
MAS NAQUELES OUTROS VOCÊS DAS MINHAS FANTASIAS!

...

24 de março de 2008

eus, sintos e ques


eu sinto com azul de leve

que nesses dias beges

de um amarelo divertido

que enfeito com flores as minhas meninas...

que pecam...

que voam...

que beijam-flores...

que florem

que florindo

que floreiam

que flertando

que fomeiam

que foragindo

que permeiam

Ah,

que imperam essas minhas

que rainhas

...

Ah, eu sinto com ardor da manhã

com a mãnha

que trago no peito o alvo da mama

que é doce a candura

e que inflama

que se toda boca

que tivesse cama

que se todo toque

que exclama!
que ele é

que assim a chama

que assim o fogo

que encanta

...

Ah, eu sinto com o verde esperança

que sobre o peito

que sobe o trago

que invade em beijo

que lambendo infarto

e que com todos os sentidos 5

que enlaço

que tudo

que quero

que posso

que encostando

...

Ah e eu sinto...

e que venham mais

e que...

20 de março de 2008

diálogos possíveis com as flores e as meninas do chá de mim


PS: para entender as cores que flutuaram pelos meus dedos enquanto eu tecia esse descarrego vide: http://flickr.com/photos/nattypops (menina, moreka e minha...)

Coloria tudo!tudo eram cores e as fazia!
Vingava seus passos nas asas do azul-do-mundo
Pintava os desejos com suas saias verdes olivas tempestuosas
Estampando os seios em pink néon vagabundo
Acometendo-se da pureza cândida e do púrpuro absurdo
Em seus devaneios não era de sua alçada
Tirar o tempo para dançar
Fascinava-o com suas meninices safadas
Fitava-o com anseios de entorpecê-lo em seus olhos selvagens
Que mordiam, enfim quase tudo
Quase todo vermelho que parecia profundo
Apalpava-o na ínfima intimidade do escuro
Umedecia-o com o sabor do laranja
Penetrava-o com seus dedos-marrons-duros
E depois sabia:
As noites se entorpeceriam crioulas ao seu lado
Curvando-se ao seu bordeaux tóxico de volúpia
Abria o pacote de sua voz surpreendendo
Até a si mesma com o escarlate
Que derretia para desinventar os pecados
Fosse outra coisa que não essa orgia de letras
Seria o verbo que contagia
Descomeçava tudo enquanto assim queria
Posto que assim era sua própria fantasia
Antagonizando a pedra e o cinza das coisas frias!
e também tinha música
e todas as quintas afinavam-se em arco-íris e sintonias
essa é a cara das caras meninas
que tomam café com calcinha
que fazem do chá outra minha
que fazem arte na cozinha
e ainda brincam de casinha...

por que sem as minhas eu de Muchacha, nem Tata seria
ta aí meninas
o retrato das nossas Rainhas
nas cores dos sabores picantes vividos por ela
a volupiosa e enérgica Tata Muchacha!

13 de março de 2008

diálogos possíveis com os dedos e suas tangíveis formas de pensamentos 2/alg+1-m+uns







quando chovia daquele jeito
sentia a água penetrar as formas
era o jeito dela sorrir...

que abria as janelas
e uma vez abertas

ofertavam seu despido calor
em troca de poucos trocados

um tipo de moeda estampadas com a coroa

coroa do rei da companhia
feitas do metal que com ela mesma derretia
na sede da sua língua
E quando lavava-se daquela maneira errante

livrava o peso do seu pensante
esparramando-se doce
feito calda de caramelo
sobre o seu coroado-acompanhante
chovida ou molhada assim

sentia mais

e pensava melhor...


... Fosse por sentir-se zelada ou exausta

ou por caminhar pelada

por entre as criadas da sua imaginação...

ainda estava com os pulmões lubrificados
E inspirando o sopro da vida
pincelava verbos e atos!

Pois eram as gotículas de noites como essas
fantasiadas no contato das suas próprias mãos
que já não flutuavam
simplesmente pairavam
por entre os movimentos da sua euforia
e por sobre aquela atmosfera prazerosa e lavável
eram as gotículas de suas debutáveis auto-meninas

amáveis damas-da-noites


En-fim, findava suas atividades
entregando-se ao repouso

mas ainda assim

a sua inflamável mocidade

continuaria pensando

e continuaria melhor...

e de ficar pensando melhor

é que pensava que pensaria ainda mais
mas nem sempre pensava assim

às vezes nem o silêncio pensado ela ouvia...
lá fora somente o a poeira

daquele que já sabia

tardaria outra vez?

surpreenderia talvez?
não sabia

mas ele viria

para romper discrepante

a solitária alimentada pela orgia pensante

à qual ela se entregara

sempre

carente em sua poesia
irritável e irritante

boa de perna e saliva

trazia nos lábios

a inocência da carne que excita

maturada em sua menina

destilada e elegante

etílica de sua própria bebida

acalmada... ou sob calmante

chá-de-mimzada viciante



...


e da poeira ao pó que ficaria ao receberem-se

a chuva também os lavaria!
dialogando com as coisas que não viam
passeando por estranhos jardins que não tinham
mas eram feitos da candura

piscavam flores em luzes coloridas
e assim era quando amanheciam!...

10 de março de 2008

diálogos possíveis com o eterno e seus invisíveis 1/alg+1-m+uns


de nada adiantaria manter-me vidrada
gostar parecia mais
tinha vida!
fosse uma imagem
reproduziria o meu tom:
um neon colorido
atraído piscante de prazer
em nuances escarlates de acaso
enfeitados por adornos de desejo
como um amigo-oculto e íntimo do tato
até por que...
a eternidade é coisa sem forma
um nada de conteúdo
e que nem ouse contrariar esta norma
e
era por isso que bastava-me
ser presente
para não enforcar-me na imaginação da corda.
a corda era, no anões dos meus pensamentos,
como o tempo
que às vezes embolava dando nó
outras vezes estendia-se em minutos

numa linha reta
e fosse na guerra também era arma

uma armadilha pra perva
e podia servir de transporte
balançando vai

balançando vem

como faz corda- cipó
e pr'aqueles que brincam de pular-tempo
cada segundo pode ser o momento
um instante de poder

um poder de tropeçar no vento
...
era isso
aquele vagão era infinito
um parentesco de idéias
cujos sentimentos são de porta
vizinhos

a eternidade faria oque comigo?
imaginada não cabia

no espaço do umbigo
medida não existia
por que tudo o que tinha forma
enfim perecia
não havia extensão do meu corpo

ou de qualquer outro

ou qualquer via
que lá chegaria!
será que algum dia
alguém usaria alquimia
pra dar algo a alguém que não terminaria?
e quem comprovaria?
o que existe nessa proporção?

Livrar-nos-ia da morte?
e da alegria?
seria alforria?
será que me satisfaria?

pra mim

eram os segundos que eu contava-conhecia
que eram eternos
por que a cada segundo seguinte

era um micro-instante que novamente acontecia

e chegavam antecedidos de muitos antes

e segundos depois, outros muitos também havia!
e somavam-se infinitos a cada dia
assim também eram

os segundos em que eu fechava os olhos
sob efeito de alguma outra batida
eram primos-verbo da alegria
velhacos-compadres da sabedoria
recém-nascidos-netos do encantamento
pacotes de plumas-de-asas
embalados em sacos de saborosas quinquilharias

tudo que em mim alguma coisa sabia:
que exceto os segundos de euforia
exceto estes, tudo mais findaria!
e posto que isso signifique

que tudo, e mais,acabaria
até o nada

desejava
que existisse primeiro em mim
como a emoção calada que pinica
um tempero forte típico da sua comida
línguas entorpecidas de carne
incensos de faíscas coloridas
de mãos nos corpos invadidas
flores que em meus poros brotavam e ardiam
dor da idade que se gastaria
adjuntava adverbialmente à mim
o chá da mulher que é A
A genuína
A heroína
de composto que é O
O alucinógeno
O professor-melancia!
e na hora de dormir o colo
àquela minha tão carente menina
...
... e toda aquela emoção
o sentir-se viva
toda a fraudolenta faculdade
do nada

da vida!
e a imensidão por duas idas e vindas

os meus nãos

as suas partidas...

tudo isso dialogava com o que não se via!

3 de março de 2008

ei com h!

eu ei com h!
irei
já fui!
tô indo!
eu hei!
você também!
nós vamos!
eu vou!
você também!
eles vão!
eles hão!
eles vêem!
ele ei com h
de homem!
eu também!

1 de março de 2008

pecado do acaso salva centopéia de maus tratos

Deu no noticiário:
delicioso-pecado de padre-do acaso salva menina-centopéia de maus tratos
e como no jornal do cha-de-mim de tata muchacha as noticias são ambulantes-descompromissadas palavras
tá aí:



Naquela noite saiu
como em todas as outras fazia
não duvidava que alguns
a confundissem com uma vadia
e esses
que não cabem em seu pensamento
nem mesmo no vão do conhecimento
não merecendo nem despautério do nojento
nem o ardor sedento de rotular ...
esses...
passavam sem que ela pudesse notar
ou às vezes cria nem mesmo existirem
tamanha era a sua ingenua euforia
de com seus cem pés passear
por que saindo fugia
e fugindo podia
e podendo encontrava
e encontrando sentido para a centopéia que trazia nos pés
fazia-se do mundo encantar
mas naquele dia
onde foi batucar nos terreiros de seus guias
encontrou de novo aquele padre
com quem não desejava mais pecar
e ele a tirou de uma fria
livrou-a de um monstro cruel
um homem desses
que de tão ranzinza
vivia de lesionar o tempo
e quiçá de raivosa nostalgia
um macho um bocado
machucado por sua covardia
de render-se à impanciência
e renunciar ao acaso e à poesia
um ser que trazia uma mágoa no peito
uma espuma invejosa no jeito
e um discurso que não a compreendia
achou que aquele moço a desejava,
como também interessava-se por
acabar com toda a leveza da sua pequena-confusa-menina
e ela
não sabendo como agredi-lo
por que não achava que devia
ficou escutando critica-la com tanta energia
quanto o seu desejo de penetrá-la ...
e à força tentou pegá-la
mas aí a beleza do acaso que ali trazia
esporadicamente
o padre
a libertou daquela fria
e logo teve seu coração esquentado
por um confortante e conhecido-intimo abraço
estava salva
e pôde até entregar-lhe um beijo
mesmo sendo padre
anunciaram no toque dos lábios
O pecado
ele apressado
ela com os pensamentos atordoados...
e como não podia deixar de ser
saiu com mais um de seus pés
a caminhar pela cidade cinza
a desejar colo pra sua menina
a procurar refúgio no esquecimento daquele Golias

a este João que não é Donato
e que veio do norte da zona
direto para o meu afetuoso-coração-terraço
um abraço
e até outro paulistano acaso
que assim seja,
Amém!

Tata Muchacha, a Renata que não é in por que hoje ela é só grata!

14 de fevereiro de 2008

coisas da vida

hoje eu parei
os sonhos que eu teci pra te encontrar
finalmente encontraram a escuridão vazia da tua ausência
choro com a ingenuidade perdida de minha menina
a saída da tua inocencia

ainda assim decorei essa música para cantar naquele hotel
onde desafiamos os verbos com a
os adjetvos com d
os superlativos com você

"Coisas da Vida"

nunca é igual
se for bem natural
se for de coração
além do bem e do mal
coisas da vida
o amor enfim
ficou senhor de mim
e eu fiquei assim
calado
sem latim
coisas da vida
como foi que eu cheguei aqui
quem me diria que esse era meu fim
olho no teu olhar
a festa de estar de bem com a vida
luar girou
a sorte me pegou
tesouro te encontrei sem garimpar
no ouro da paixão
na febre da paixão
estão em mim

ser o senhor e ser a presa
é o mistério a maior beleza
amor é dom da natureza
amor é laço que não escraviza
nunca é igual
sae for em natural
sae for de coração
muito além do bem

5 de fevereiro de 2008

terça

a cor fúnebre do céu não lembrava a festa da carne
mas lá esteve mulata
sambando entre as cores
e a prata
dizia saber que nada queria daquela noitada
mas mergulhou nos líquidos
corroedores de baratas
como todos
os que estavam no
no baile do tema principal
da badalada

só por uma noite
pra não dizer que não tentou descartar mais uma vez
tentava
mas
aquele maldito carinho
de contrapor suas batidas
comungando mais uma no peito
enlaçando os braços com um acalmado singelo desejo
de apenas enlaçar com os braços
deixando de lá os beiços

dormiu só com um
e com esse do peito aí mesmo
que a levou até o ponto
abraçando a ela um mundo inteiro
de palavras
risadas e segredos
e olha que era quase dezembro
de uma noite
atípica
de cala-frios-e-medos

Ah doces contos
perto de dezembro

A nega do cabelo liso colocou esse mesmo
colocou para dormir nas lágrimas que tingiam o travesseiro
e chorou
não na quarta de cinzas
mas no dia anterior inteiro
chorou encharcando milheiros
queria só aquele breve alivio de sossego
uns 20 segundos de asfixiação pro seu desapego

Mas mas passado o temporal
ou o carnaval
a água talvez terá levado todo o tempero
que alimentava os sedentos travesseiros


posto que no quarto de cima
as almas que lá estavam
uma delas
a extensão dela
aquelas pessoas ali em cima
rasgavam as fantasias
enchendo de cores os cheiros
exalando movimentos traiçoeiros
de delirio e anseio
de seios
ali surgia a flor conjugada
na coroa de shorts
herdada
da cor paixão
do seu desassossego
oferendando flores pro desespero
e comendo tremores sem tempero
temperando
ardendo

... e la debaixo
ela continuava regando o sofa
num mar de afoliados caramelos sem euforia
tentando achar o peixe da sua alegoria
aprendendo que não podia...








não podia deixar de gostar de chorar de amor
de cantar a dor
de rimar com flor
improvisando a cor
de arriscar sabor

2 de fevereiro de 2008

Sábado de Carnaval

"Olho por essa janela e a única verdade que eu não poderia dizer àquele homem, abordando-o sem que ele fugisse de mim, a única verdade é que vivo. Sinceramente vivo. Quem sou? Bem isso já é demais."

Sàbado de carnaval
e o meu folião perdeu-se por aí
será que infeliz?
será que ele quis?
Perdeu-se, enfim por aí
bem perto de onde você deve estar
mas quem dera o caso fosse de tentar
pelo menos tentar
querer encontrar
é
pois é
e é mesmo
hoje eu comemoro sábado
e tem o feriado
chego em casa cedo
não e afim de bagunçar
e assim os faço!

não tenho violão
não tenho melodia
nem samba
nem cheque-calção
eu tenho álcool sim
pinga-ni-mim
e o coração
uma batida que é covardia
dessa euforia
dessa coisa toda de viver
e gostar
e sentir
isso e assim...
essa carnavalesca casa de cavalarias
essa maldita-bondade em mania
de tecer você e achar:
que beleza, isso é que é
é mesmo
e pois é
pois-esia!

tenho tristeza então
e sim
e não
braveza eu tento também
e capaz há transtornada obssessão compulsiva em mim
mas é transitório esse brigar aqui
não gosto desse sobreposto blábláblá
nem do composto do tititi

e hoje é que é
e não é que é mesmo
e depois não é
Sábado de Carnaval
vou deixar de falar nisso
que eu não sou chouriço
e não se fala mais e disso!
mas antes de eu terminar
Tenho também um feitiço
de encantar!
Veneno meu decantado em chá
perfume e dor de adoçar
e precisava só contar!
Por que hoje
Carnaval de Sábado é que já não é mais!
pois é
não é mais?

1 de fevereiro de 2008

inventando-inventável diálogo de nós! Inventário!

" Estava alegre nesse dia, bonita também. Um pouco de febre também. por que esse romantismo: um pouco de febre? Mas a verdade é que tenho mesmo: olhos brilhantes, essa força e essa fraqueza, batidas desordenadas do coração. Quando a brisa leve, a brisa de verão, batia no seu corpo todo ele estremecia de frio e calor. E então ela pensava muito rapidamente, sem poder parar de inventar."


- Não é de querer o mau,
mas também não o é de gostar de fantasiar nas plumas da emoção
né não?...
... sou assim por não saber pensar sem estar coagida em sentidos
... quiçá por estar sentida sem poder pensar
... estou pensada em mim
... sentida com o fim
... rê-pensando esse afim

INVENTÁVEL VOCÊ:
- Como assim? Quando é que você começou, ein rapariga?
essa coisa de mim tão minha?
e quando é que a gente rima?
e se descombina?
ou se cair na rotina!?
o que te anima?
Ãh? Fala pra mim, Pitica!

SUSTENTÀVEL EU:
- E como é que eu vou saber
ou você
qual é a dessa fina-sintonia?
Ouviu a canção que tá tocando na pista?
Qual é a sua picadilha?
Você também sente ou só quando rima?

Desculpe, FUI AGRESSIVA!

INVENTANDO VOCÊ:
- Tá doendo onde Pititica?

SUSTENTANDO EU:
- Não sei!

INVENTADO VOCÊ:
- Vamos dançar então, Rainha!
Deixa de falar só, Mocinha!
Faz cara de brava não, que tu fica ainda mais linda!
Você é uma adocicada confusão
esconde no peito pequeno
um enorme pulsante-vulcão
de correr sangue de mulher-paixão
de bailar latina
de anoitecer menina!

DESCONCERTADO EU:
- Dancemos então!

30 de janeiro de 2008

PRONOME PESSOAL DO CASO AFIM...

então
você nem sabe como eu te encontrei
se eu te procurei
eu te achei
assim sem querer
mas eu te trombei
sai trombada
indefinidamente abalada
mas não sou balada
pra ficar bonita
eu subo de escada
fico até o fim da noite
vou embora sozinha
na madrugada
levando de você
descalça
os meus pés nas ruas dessa calçada
mas sou toda em mim povoada
e volto pra casa
e se algum dia chegar
estarei lá
com você encasalada
de vocÊ casualizada
em você contextualizada

oi, tudo bem?
como vai?
vai querer?
não esotu oferecendo
estou perguntando
desejando mais
por que ainda estamos apenas nos falando
contando
trocando idéias para passar o tempo
contemporalizando o momento
deste seu vocÊ-em-cantos do meu pensamento

hoje meu dia foi cansativo
mas eu vi você
amanhã acordo cedo, vou encontrar as meninas
e depois entregarei-me ao descanso,
Fui!
Mas até aqui segui acompanhando
presenteando os verbos desse encanto
Tivemos sim um mesmo sentir nas mãos
esse encontro
acariciamos a emoção
até o ponto
e pro caso de não saber
descobri hoje o significado da palavra você:
PRONOME PESSOAL DO CASO AFIM,
QUE VEM SEMPRE ANTES
DO VERBO NO MEIO
E ENFIM
POIS NÃO TEM GRAMÁTICA
NESTE ADVERSO
QUE TE CONJUGA ASSIM...
EM MIM!

Minha neguinha!! Te quero minha...
A palavra caminha
Pela linha que te faz minha...
O som do silêncio...
Me faz um tormento...
Na brasa do meu sentimento...
Te quero em pensamento...
Sinto teu cheiro...
Paixão de um verso verdadeiro...
Apenas um cancioneiro...
´´Vem ni mim``, te sou por inteiro...

19 de janeiro de 2008

Vou VOcÊ!

eu vou andar
até o dia

eu vou perder
até te ver

eu vou querer
até acontecer

eu vou tentar
até você

eu vou falar
até magia

eu vou dizer
até saber

eu vou fazer
até o além

eu vou amar
até você

aí...
eu vou gritar
de euforia
eu vou dançar
com a alegoria

EU VOU VOCÊ ATÉ O FIM DA VIDA!

escapando da rotina
arrancando do tédio a batina
somando eu com você
multiplicando nós em alegrias!

18 de janeiro de 2008

O peixe de cortar das Marias



Uma homenagem às águas de Maria que são Rosa e Jardim


Suspensa nas tuas àguas

vermelhas de me parar

Intensa nas mágoas

azedas de te lembrar

Acesa nos letreiros

da noite de te encontrar

Tive meu dedo cortado

peçp peixe do seu desejado mar


Esse corte sangrado no peito

de você gostar

Dói além do desespero

de saber que não estás a me esperar

Arde mais que o salgado tempero

de você nem se preocupar


Surpresa nas nuas garras

sedentas na demasia de amar

Ilesa nas fábulas

e lendas desse abusado apaixonar

Despeço de ti a beleza

que só me trouxe a destreza

de pescar o peixe

das minhas mão ignorar


P.S:

Cuidei da ferida para não infeccionar

Limpei de todas as formas para logo sarar

Desenhei corações na bandagem...

... Que é para não ter que esquecer as imagens

Que zelam um você na saudade

Na hora que for para acordar!


CRÉDITOS DA ILUSTRAÇÃO NA PRÓPRIA:

15 de janeiro de 2008

Não... Vá!

ILUSTRAÇÃO DA ÚNICA AMOREKA MIA: NATTY POPS



Não... Vá!
quando você se for
eu não quero estar só
o amor é um capricho desconhecido
desavisado
cheio de nós
desobedecido
safado
envelhecido em pó
o que eu vou fazer com ele
se não tiver o seu umbigo?
como é que eu vou passear com ele
se eu não fizer isso contigo
o que eu vou colocar no lugar de você
na hora de casá-lo comigo?
Não... Vá!
fica mais um pouquinho
eu ainda não fervi aquela água minha
de beber você no meu chá
Não... Vá!
delete com tua boca a minha calcinha
permeie com a língua as minhas rainhas
deixe-me adornada de cansaço em tua saída
Não vá!
Mas se for não olhe pra trás
Nada disso aconteceu
Imaginado foste em meu olhar
desejado fizeste o meu andar
Admirado construíste esse meu gostar

E quando você se for, por que essa súplica é apenas o meu abrigo
+ Um pouquinho de medo desse vazio
x a dificultade de descartar todo esse seu menino...
Vou contar que :

Nunca acreditei no Principe Encantado
Pois não tenho fé na felicidade dos finais
Depois de todo o desmerecimento do passado!

Agora que você se foi...
Permita-me citar uma outra cujas palavras podem me consolar
quando a ausência tua for definitiva e as minhas letras quiserem te acompanhar...



Clarice Lispector (A outra - "Perto do coração Selvagem)

"Ah, Deus, e que tudo venha e caia sobre mim, até a compreensão de mim mesma em certos momentos brancos porque basta me cumprir e então nada impedirá o meu caminho até a morte sem medo de qualquer luta ou descanso me levantarei forte e bela como um cavalo novo."

9 de janeiro de 2008

Arteiros e sós

Hoje esfreguei e a palavra conversada em argila e tinta sumiu
Hoje eu insisti e a teia da aranha comida em minha perna saiu
Nada ficou no lugar onde cruzamos os risos em par
Nada encontrou-se onde colidimos prazeres em ais
Nem dor
Nem expectativa
Nem rancor pela tua malícia
Nem amor
Nem carícia
Só uma gozada-atrevida-e-gargalhada-poesia!

Ontem...
Era um feito de tentar a ação
Um feitiço artístico
E Foi uma eufórica tentação

Ontem
Era o efeito da emoção
Uma efetivada libido
E Foi uma incontrolável sensação

Ontem
As letras tingiam-se intoxicadas de um querer latente
Intoxicando-nos embriagados
por entre os poros de nossas peles
As bocas explodiam piadas
Voando em risadas
Que permeavam as entranhas por entre as nossas carnes de leve

Ontem
Fomos os astros Doente de Câncer
Envenenados por Escorpiões

Hoje somos
Artistas de nós
Arteiros e sós

4 de janeiro de 2008

Ah.. essa fruta-você já madura...

Ilustração: Lu Scudeler Fernandes... Mais uma mulher de braço da família de se admirar ( a minha!)

Ainda hoje...
na melódica solidão da noite
que insistia em não terminar
nas taças de vinhos que bebiam-se
para desse nosso chá se embriagar
no colorido da minha imaginação
que adora te pensar...
ou nessa dolorosa calmaria surda
de ter que ignorar...

Nesse ainda hoje...
de enquanto chovia
eu ouvia a gente passear!
e era um pôr do sol âmbar-alaranjado
de ofuscantes-desejos neon
E também eram pernas de rubro-sague
de um majenta-apaixonado para enfim amar!
aproveitavamos o rosa para nos tocar
bebíamos soda em cima do muro
para nos entregar
fechavamos-distraídos os olhos para encantar
jogamos flores de sementes-ardentes no ar
usando o azul para comer asas-de-sonhos
tingídos em gomos-verdes de voar

Ah... Ainda nesse hoje de con-junções flutuar
Eu tinha pintura-adorno
nesses olhos que não descansam
enquanto você não chegar!
Ah... esse caso cansado
e sedento do acaso de pés-que querem você-casar!
Ah... esse casamento de letras-de-casas
que tecem arcos-e írís
para acasalar !
Ah... esse meu coração-bravo
esse meu peito-lar!
Ah... essa fruta-você
já madura de comigo eu querer rimar
Ah... essa música paparicante
de te cantar
Ah... esse meu ópio delirante
de me fazer como quente-delícia
uma bebida-de-mim: Chá!

Agradecimentos especiais ao chá-de-mim efeitado de queijos e kits suiços e vinhos-proseados de acompanhar:
Leo Patriani: vira-lata negro-italiano famoso por sempre estar lá!
Nata: Tourinha suíco-brasileira de núvens nos olhos de mar
Natty: Amoreca-sócia-amante dessa minha adorável casa de fazer chás
Fabio: Homem de coração quente que com flores parece a chegar!
E Maria Rosa: que depois da briga de ontem encontrou bandagens coloridas de flores para se enfeitar!

ao que volta a ser simples...







Foto do dia em que as luzes fizeram coração na minha piscina pra comemorar:

Créditos: Fofo
Jão
Tata






houve quem quisesse que a campanha atingisse 2008
mas o ano virou infinito
o amargo tornou-se invisível
e o fato é que volto resolvendo doar-me ao lirismo
de tudo o que possa enfeitar-me no mar colorido
por que as ondas trouxeram-me o encanto
a areia esfoliou o meu pranto
dissolvendo a minha arma-dura

o sol tingiu minha pele da cor quase-da-sua
e eu banhei-me nua
na água temperada e pública
só para deixar o Infinito reinar...

A todos os grandes quase-amores do passado:
um altar improvisado
com afeto sincero e danado!
Aos grandes quase-amores Re-novados:
um convite para o noivado...
um abraço e um beijo pelado!
E muitas ruas para fazer despir o nosso anonimato!

Então...
Ao que volta a ser simples...

decido
dividida
fazer laço das pontas do elo que rompeu
escrevo sem tinta sobre o vácuo infinito que se extendeu
parte de mim partiu-se com a partilha
a outra
decidida
se perdeu...

às vezes distraio-me dos fatos
e percebo que falta não-tentar entender
devem haver coisas que exalam por si
todo encanto
ou não faria sentido econtrá-las
e assim...
fascinantes em qualquer pranto!

... e por não fazerem sentido
... ou por ignorarem motivos
fagulham em notas cintilantes
em bolhas multi-cores
de tecidos de algodão
são enfeites no céu de uma tarde esquisita
são risadas perdidas
em letras de papel-menina

... mas também são esquisitas as nossas dependências do saber
o nosso vício de procurar entender
os nossos incansáveis porques...
e os seus itolerantes detalhes
que explodiram como artíficio em fogos
para colorir um não querer
sem a coragem
até então admiravel
do seu Você

...esses detalhes ficam sem entender
pois hoje não há como
e nem instante pra porque

há algum tempo que não divido
o meu até esquecido-ausente entusiasmo
encontro um perder-me nos fatos
sussurro poesias pros atos
e ao admirado mundo dos as-sossegados
perambulo entre os incansáveis detalhes-seus-malvados

deixando recados ao tempo
soprando as mesmas carícias aos ventos
conversando com a peculiaridade do acaso
apenas pra servir
às horas
algum trocado
enquanto profetizamos a embriaguez
para sumir de vez
com você do prato!