24 de maio de 2008

sei lá oque é esse texto



OS SERES PROVIDOS DE MAIS SENSIBILIDADE TENDEM A ENTENDER E ENXERGAR COM MUITO MAIS SIMPLICIDADE E FACILIDADE A VIDA O AMOR E AS COISAS À NOSSA VOLTA....O PROBLEMA É A RELAÇãO QUE MANTEMOS COM AS PESSOAS NãO RESOVILDAS... E NESSA ACABAMOS CAINDO NOS PENSAMENTOS SEM FUNDAMENTOS.O SENTIMENTO DO AMOR É ÚNICO E PURO.ELE NãO PODE SER DUVIDOSO
mas a verdade é que eu estou contundida
confusa as vezes até sentida
sei que eu sou mais isso de crer e viver
mais isso de arriscar por que eu gosto de cheiro
não de perfume ou se é importado
de andar descalço
e não de carro ou tênis caro
eu sou mais disso
gosto de um beijo gelado
de amasso bem dado
de abraços apertados
e não de macho e briga de galo
gosto de amor apaixonado
de ficar sem fôlego
e também de pudores rasgados
gosto da calmaria
da primeira hora do dia
seja para despertar-me ao seu lado
seja para despedir-me do seu tato
gosto de despir-me de tratos
gosto da libido e do acaso
tenho fascínio pelo que me é dado
gosto do improviso
das cores volupiosas
das palavras sinônimas de deliciosa
e também seria neon nas letras mais gostosas
e nem por querer sou puta
arranco-lhe o medo com a boca
derreto o gelo com o peito
sufoco a ira com dengo
mas sigo confundindo meus próprios letreiros
aprisionando meus adornos
ficando sem fome, sem graça e sem jeito
fiz de você meu navio negreiro
agora a alforria fez disso tudo meu pesadelo
não quero gostar
não consigo acreditar que não queira
mas não sinto o escarlate entorpecer minhas veias
quero sumir dessa teia
quero acertar da próxima vez
quero uma inteira
não quero sentido pro texto
não quero mais não nem pretexto
quero fazer assim
na casualidade impulsional de gastar horas
tecendo fantasias com os teus anseios

ainda perdida entre os sabores
os pecados e seus ensejos
contundida
confusa
sozinha
ainda aprendo algum jogo
te jogo na mesa
quebrando seu taco
ainda entro de jeito
tocando o barraco
te levo pra londres
te faço o meu caro!

20 de maio de 2008

ALÍ-cia & Mesmo





Ali, sob a circuncisão das cores que fundiam-se em creme
e, sobre a sua, aquela outra mão...
Essa toda uma maciez oriunda do rosa
já antigo
afastava-os do gemido das ruas
trazendo-os tragados na fumaça que sentia beijo naquele gosto.
Delineavam movimentos singelos de uma explosão absoluta
revelavam-se nas ondas-cinzas-vapor daqueles marrons-tabacos...

E o alarde estava nas úmidas superfícies baunilhadas
tocadas pelas cruzes que teciam em seus dedos...
Não eram permitidos, mas dedicavam-se respiradas orações
tão puras quanto a textura branca do leite!

Dedilhavam também os dourados de suas carnes
caramelizando-as em rimadas línguas.
Se pudessem ouvir aquele banquete: ensurdeceriam!
Naquelas salas, surgiam exclamadas fendas
Desenhadas pela espada-coragem da saliva que deslizava impiedosa... cobiçando tudo molhar.
Ali trocavam seus bilhetes, farejando-se
intimidando a frieza do azul, comprando o céu para os seus deleites.

Era uma pena que ele não trouxesse nos olhos o azedo-limão e o incomodado-verde...
Faltava-lhes a esmeralda-esperança àquela condição
Mas tudo mais diluía-os em encantados gases neon
a dissuadir pela cidade a volúpia libidnosa de seus vermelho-isentos-do-medo...
Seriam suas as letras ambulantes a contaminar a cidade com ritmo e poesia e anseios...

Mas era abrir um só caminho pro pensamento, que Alí (mesmo) confundia-se toda:
de quem eram os seus sonhos-lambuzáveis?
... Qual o nome tinham os cavalos dos seus pesadelos?
Quem os faria doces? Como se chamaria o seu de-sonhos-confeiteiro?

Ali, sob a circunferência de si mesma
entre os tremores e seus colecionáveis-amantes
achava-o
e então, ambos fugiam cortando-se em raios...

Mas não antes de delinearem-se laser.
Condicionavam os verbos, criavam...
Tempesteando a sinestesia em muitas vezes
e a cada faísca
em cada ensejo sobrepunham-se
E adornavam muitas vezes sem o medo, pois sabiam-se.
Reconheciam-se antes e após qualquer outra cor-fundição ou sentimento.
Mantinham-se incorruptíveis ao tempo
possuíam muitos corantes
Porém cândidos, eram apenas os seus desejos.

Mas era Alí ouvir uma outra fagulha qualquer
um lampejotolo
que ela dividia-se-os:
Quantos haviam entre aqueles âmbarados incêndios?
Não! Ela não sabia...
Permissiva era apenas ao que sentia
ainda que não compreendesse...


E à sua causa havia a encantada-furta-cor do se-não-der-certo:esqueço!...
... E quem esqueceria aquele licor de delícias fumado no beijo?
Quem a rê-petiria?
Quem não e quando podia?

Alí-cia nada sabia! E não Mesmo!

17 de maio de 2008

Rê-leituras (O dÊ- noVO)

(I - Sobre O JOGO)

Queria jogar-me
Mas não por não estar pronta...
... Pra que tudo que eu quisesse...
... Pra que tudo que eu quisesse fazer
Eu fizesse
Sempre que eu pudesse!
Acontece que essa combinação não é minha!

(II - A SABEDORIA)

Queria saber-me
Mas nem para entender o poder
... Pra que eu tudo soubesse...
... Pra que eu tudo soubesse fazer
Eu pudesse
Sempre que eu quisesse
Acontece que essa limitação não é minha!

(III - A AÇÂO)

Queria fazer-me
Mas nem só por querer
... Pra que tudo que eu quisesse
... Pra que tudo que eu quiser fazer
Eu fizer
Sempre que eu puder
Acontece que qual é a minha?

(IV - A RÊ-SPOSTA)

... E a minha é querer-poder-e-fazer-sempre-o-tudo
Mas nem por só isolado querer
... Pra que tudo assim eu puder
... Pra que tudo seja mais do que a força da crença
... Pra que o amor aconteça
e para que dançar, para que permitir, para que experimentar
Sempre que eu quiser
Aconteça com muito você
e com a minha...

(V - O ADORNO DO DE NOVO)

Para! Que o tudo não finde!
Parar é para o que não o Bem!
Parandopara todo o Quem!
E para a inquietude do muito-tudo-isso-assim
Parado por aqui para mais-e-além
Ee que a prostração seja o nosso Amém
Parando o silêncio numa música sem fim
Criando você sem parar por aqui
Encontrando-o sempre foragido no meu afim!