17 de julho de 2008

afeto-e-ações



o que podiam dizer
nada sabiam definir
e pra quê?
mas afetados brincavam com o não saber...
e o que era o afeto?
sentiam
e de fato afetavam-se
e...
não feria
não batia na carne
mas percorria-a com as mãos
num roubado escarlate-neon
na língua a invasão das enchentes
no gosto um tato subserviente
mas por que nada queriam definir?
de onde vinham e pra onde conseguiam ir?
o que querem teus olhos quando fecham-se em mim?
e se colarem?
e mais... por onde derrubam a volúpia
quando desfecham?

enfim, saíram do feto daquela vontade
crescendo sob o impacto daquela lua
por diferentes e respectivas-cada-um-na-sua-rua
e no caminho para casa ela soube:
(ainda sobre os pés que a caminhavam afetada)
e sem entender oque houve
e com toda aquela leveza do sem querer
e querendo por agora apenas um mais nada
flutuante sobre toda vertigem daquela afetação toda
sentiu que era

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