29 de novembro de 2007

ei VOCê: CANSEI!!!!!

olha só
vocÊ ainda vem por aqui?
pois então admita:
você sabe
que tudo isso lhé é coisa gratuíta!
e aproveitando a sua última casual visita
vou dizer:

a respeito de tudo isso
des-animada admito:
cansei!
é que não me basta ter-lhe apenas nos meus ditos
falta entender por que me cativa
e depois torna-se
folião- fugitivo
é lógico que isso tudo é divertido
esse querer demasiado
esse gostar-meu-menino

mas posto que eu não queira mais
entender esse todo que é sempre nada
e que não vem a mim
por real interesse em conceber-se afim


POSTO QUE VOCÊ FAZ O QUE QUER
mas que não quer saber de mim
qual a essência do chá
que eu fiz
se rosas ou jasmim
se compromissos
acasos
ou só beijinhos-de-olhos
e um estar afim


eu não quero mais assim
demito você de mim
mas re-sisto em anunciar o fim
se o caso for de você gostar
pelo menos de tudo isso
e me contar de você!

hahahahhahahahaha!





"cada pessoa tem um mundo
e cada coisa do mundo
tem um valor diferente
no mundo de qualquer pessoa"
(kamau - entre o São Paulo e o Vasco)

sem trocado

Foi o gosto da ilha

pipocado no corpo feito muitas agulhas

que espetou o desejo

exalado de um beijo

E foi o coração...

AHH, o coração-aquele - mesmo

o responsável pelo cheiro

que decolou no avião

deixando rodado o pasageiro

que partia no ônibus cheio

afetado em sua lotação

ô acaso danado de ligeiro

mas houve quem-em-mim quisesse

que aquele silêncio

conjugasse um mundo inteiro

de um pequeno ruído certeiro

estalado

no sentir coagulado

expresso de um fulgaz demasiado

a respeito do que aos comuns aborrece

e houve também quem-em-mim dissesse

que embora não fosse isso

o tudo em pouco que a minha menina merece

houve ali a original

possibilidade que permanece

um singelo adorno para o asegredo das preces

que as vezes em sonho

até pede para que o rapaz bonito de a-caso

regresse

e outrora em poemas de contos

suplica ä poesia

para que a rima da afinidade de sentir-se assim

afinado

de afim

para que essa liberdade de permitir o ir e vir...

... não cesse

ô vida cheia de aviões que as vezes não deveriam

mas descem.

para o rapaz cujo nome quer dizer moço bonito

para o o seu falar demasiado ingênuo de menino

para o sempre no peito

amigo!

para que o baile comece

e todo o som

é o preço do que permanece

24 de novembro de 2007

para título vide última estrofe

você?
oi você ta por aqui?
você já ouviu falar da banal-idade do primeiro momento?
e da constância de somar muitos deles para gerir o movimento?
de que constância você precisa pra definir relacionamento
e pra que definir um sentimento?
você tá por aqui?
há quanto tempo?
tem algo que esteja querendo?

Oi tudo bem?
Quanto tempo demora pra eu saber como andas?
quantas horas?
quantos desejos?
tem que ter peito?
o que posso ter feito?
algum problema em ter sido eleito?

oi você ainda tá por aqui?
então aproveito o delírio
o iluminado-de-imaginado arrepio
e vou pedir,
será que vc entende por ai?

vou pedir:
enquanto puder
o tempo que der
a hora que vier
fica um pouquinho + um café?!

e estando aqui
diga:
de onde?
pra onde?
o que?
e ontem?
não é pra ontem!

fica?
manda notícias?
não faça jornal com publicidade
comunica?

fica, vai!!!
vai?
em outro lugar?
quanto tempo é mais?

me diga, que eu quero intervir com você!

-des- re- ma- ando

por que o a-caso
ainda é
melhor-de-a-migo-as-sunto
dos fatos
advindo da matéria:papo!
des-construindo-re-latos
des-en-hando re-des
nos con-tatos
produz-indo cores nos a-fagos
per-mit-indo tatos
ol-fatos
paladares e sen-s-ações
e-moções
re-lações
inter-ações
de in-tervir
de inte-grar
de ger-ar
re-gar
des-regrar
...
e con-ti-nua
toda nua
e naquela hora
toda sua
en-contrada na rua
assada ou crua!

bom-BOm

ande por aí
OUça O SOM!
PISE COM SEUS PÉS
insira tom
faça o que quiser
fala! É BOM!
HUMMMMM
BOm-bOM

de passar.ando

falar não é latido
assunto sério não é pra grito
diferenciar é sistema de escravizar
é mito
eu quero o rito
de rodar-rodando
de rodar.ando
de passar-passando
de passar.ando
de viver-encanto
de em-canto
de em-cantar
sem tanto pranto pra contextualizar
de passar.ando
e de andar.ando

falar é bonito
assunto sincero de lindo
diferenciar é multiplicar de libertar
é ínfimo de infinito!

re-chá-chando

vai esquece tudo isso
deixo meu eu em platão
e no prato o compromisso
de tecer de fazer
de tomar
de chá

fios bonitos
de escrever infinitos
de filhos de escritos

escreve-falando-de-sonhos
sonho-pulsante-de-fatos

re-flita
re-sinta
pepita
re-pita
outro é o tempo do novo de-novo
divida outro tempo

há de haver joão
esperando zion no portão
zé é o amigo do coração
zé de pé
pega
de dois
de dar um
de dois
um dois
de comun-gar
de dar
de simbioticar
de chá...

sala de espasmos

enquanto cantavam o choro
eu vou escrever em cima
pra ver oque vai dar
ganhei parabéns de camarim
trocando os braços
de lambiscar laços
e fazendo chá
muitodoseumeu eu
chá-de-mim

as palavras tecem aqui
e por aqui
surgidas cheias-de-secas
chumbadas de escuros-molhados
ultra mas não de passado
de ultra-passando
por um tudo isso de rabiscado
selando beijos nos passos
sela de vendar buracos
sala de espasmos
afinidade de casos
comunidade de espaços
salada de escassos

22 de novembro de 2007

ei...

quererei apenas
escorrer da tua boca
como a tinta derrama-da
uma serpente
escreverei a carne
que tingirá nosso papel
simbiótico
de comunhão
sou tudo isso em dois
a par-te que permeia o seio-cerne
invadida na banal-idade
mordidas estupradas de afetada
bondade
serei toda maegestral companhia desejada

13 de novembro de 2007

você me tocou ?

OI!!
Você esteve aqui quando eu assumi tocar
- diariamente-
no seu aparelho de receber?

Tudo bem com você?

HOje, já diluída em mim
cansada em Macbeth
e expectada em Jorge...

HOje...
seu número tocou no meu aparelho de receber
- eu tinha- na verdade-
acabado de tocar - singela-
o sino de todo o dia
que quer
apenas mostrar
o quanto quero por ventura
te encontrar -
você falava com alguém
e eu falei com você!
não sei se me ouviu...
por que me tocou às 2h
...
mas eu ouvia que você falava com alguém

- e pensando na possibilidade que se criava
de você estar ouvindo... -
falei com você!
sugeri que retornasse com carinho
quando fosse
a hora de tomarmos aquele chá-da-tarde
- e deixo claro que aceito o logo como adverbio deste tempo -
com amistosos beijos no leque
de um entardecer
ainda que seja breve
...
OI!!
Você me ouviu?
Ei...
Você me lê?

P.S. crueldade essa de ficar aqui, imaginando se ainda há de me vir...
imaginando o que ainda está por aí...
desejando que volte sempre aqui!

um feriado e... 2!

quando eu proclamo
- já entender-
que uma figurinha repetida não completa o álbum
aceito também saber que
- as carimbadas-
valem uma excessão!
pois seria em vão
ter cortesia para 2
- para ir o MAM
numa quinta-feira de feriado para República -
... (três pontinhos)

Eu salvo a contradição
faço a escolha da sua excessão
(quando eu proclamo, eu exclamo!!!)
... (3 pontos pequeninos)
alforriando você da escravidão


então eu quero mais
...(outros tês daqueles pontos)


quando eu proclamei
- já saber-
que uma figurinha repetida não completa o álbum!
aceitei entender
as carimbadas que valem uma excessão!!

e terei nas mãos
a lembrança
- de 2 no MAM
numa terça-feira de feriado pra consciência -
...(3 pontikos)
eu salvei a contradição
escolhi a sua excessão
(quando proclame, quis
quando quis, soube
e quando soube - você- exclamei!!!)
alforriando toda a escravidão
um feriado... e dois
e tudo mais a sós!

10 de novembro de 2007

Ó... interrogada ação


ilustração: natty caselli (republicação: Tata la Mucha Muchacha)


perambulam feito zumbis

as palavras que me permeiam

e não temo não semearem mais

desprovida de qualquer outra intenção

encontro-me com elas por interrogada ação

revolucionada em dandara

mas...


serão as minhas muitas inúteis letras,

uma reunião de crianças?

e se forem?

o que estão fazendo?

por que se reúnem?

por que emergem em mim

como necessidade visceral?

um singelo vício?

serão elas meninas infanto-juvenis?

fazendo algazarra por aí

só pra assumir a responsabilidade da troca?

nem sei o quanto são de tudo isso

pois hoje


sou crioula-mulata circulando em rito

feito alforria-feitiço

sou gente-de-batuque-caximbo

procurando vaga na liberdade-caminho

será?


e onde é que estão as paredes

tingindo em tom púrpuro

do sofrimento e cura?

cadê o teto que ofusca um escarlate rubro

vibrando de paixão e morte?

estão mais para um capricho?

ou para Clarices?

São bananas, mangas, pepinos?

Ou baianas, amoras de tangas?

ou quem sabe esse fio-dental sapeca

exibindo uma libido útil

e moleca

exalando o hormônio inútil

da moderna idade?

ó... interrogada ação

por onde quer que perambulem

as minhas-damas

elas chegam-garantem-se!

e assumem-se hábeis

em contar das coisas de suas

pró-de-próprias

vidas

mas falam de que?


falam de muitos

falam PRA VOCÊ

7 de novembro de 2007

:-

oi?
OI!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
tudo bem com você?
só pra saber...
você recebe meus números no seu aparelho de atender?
você vem sempre aqui?
estou perguntando pois não consigo saber...
quanto tempo faz que você me lê?
o que mais gostaria de saber sobre você?
quer uma colher de chá?
quer?
passei o dia pensando em roubar você!!!!
sabia??
imaginava??
bom...
tudo mais tem três pontinhos de imaginadaaaaaa-ação...
Dois pontos-travessão!

6 de novembro de 2007

em ruínas ou ruídos o silêncio e o absurdo

nesta vastidão de ruídos mudos
onde chove um céu inteiro de silêncio
ou de absurdos
aqui na calma-nua
onde afortunam-se os escuros do mundo
nesta rua cheia de segredos puros
e/ou imundos
aqui nas águas de diluir qualquer um
e também surdos
tomei chá-de-estar-silêncio-em-mim
com canudo

e este cilindro de sucção nauseabundo
onde umidificam-se as pedras dos muros
ou inunda os chulos
aqui na cama tua
onde enriquecem-se as crioulas por seus furos
nesta viela farta de assoviar sussurros
aqui nas magoas de dividir qualquer superfície
do profundo
tomei chá-de-calar-em-mim
com todas as vozes do seus oriundos

para-frase e por um sonho

usei o artifício do sonho
e permeei a matéria do sopro
semeada com gotas de
uma cor azedo-doce
com orifícios de encanto
que outrora de outro fosse

parafraseado em rimas de fazer-flor
minha boca algodão
lhe enconsta as maças no caule
e nas folhas-coração
sentei-me debaixo da tua árvore
e deixei chover alma no meu amor

1 de novembro de 2007

súplica ao apelidado

réplica de anônimo ao post http://cha-de-mim.blogspot.com/2007/10/o-seguinte-eu-sei-abusei-mesmo-sem.html

Anônimo disse...

seu sorriso ao bailar era †ão lindo
espero que entenda
que lembre
pois não minto
no gueto que vivo
nåo tenho tempo para conflitos
assim vou no flow
dito o ritmo
não me iludo
sou cativona melódica-balada da noite
simplesmente vivo

então entenda
escute aqui
palavras são palavras
gestos são gestos
malandro é malandro
mané é mané

rima pobre tem de monte
existe também gente de pouco horizonte
gente que não merece afronte
de boca pequena e cú grande

gente que não é interessante
de papo bom e curvas massantes
que não dança mais
mas que dancou antes
mesmo sabendo que o som é pulsante
e vai continuar no volume máximo
feche os olhos.
amanheceu.



Súplica ao Apelidado:

no meu direito democrático
de tréplica ao anonimato, caro apelidado
conduzirei o "x"deste momento
à poética-terraço do meu relento
estou no mais doce cruzamento de um paulista
com uma do interior-hóspede-brigadeiro-de-mulher-menina

é assim
dando voz de sopro ao vento
que eu peço, em pensamento
o descaso-flutuante para ignorar qualquer desentendimento
que posssa interromper o seu número
de continuar encontrando baile no meu mundo
sob melodia elogiada dos meus sorrisos tocando de fundo

no meu direito democrático
de tréplica ao seu anonimato, caro apelidado
no céu-do-centro-urbanizado
contemplo suas cores-respostas
com a pureza de minhas mulatas nuas
é que para escrever suas palavras
ao leste do eixo
nas minhas ruas
encontrei o mesmo-seu-gueto
na cor da carne das minhas-pretinhas-cruas

no meu direito democrático
de tréplica ao nosso anonimato, caríssimo apelidado
aqui nessa terra de amargo ou otário
eu sou açúcar
tú também é mascavo
somos causas-consequentes
matérias-brutas do mesmo aço

ENTÃO... TRÉPLICA-SÍNTESE-E-CONCLUSÃO:

no meu direito auto-crático
de súplica ao apelidado
peço-em-declaro:
que pelo meu-de-mim-minha-dedicado
não-me-ofenda
ou que apenas sinta a pausa-silêncio desse afeto
como oferenda
ou que se renda (hummmmm!)
entenda que meu coração-moçambique-desregrado
é libertino-escravo dessa preta-bomba-explosão
mas é alforriado mulato dessa emoção

e se os batuques de um tocar singelo
por vezes soam safados
é que é pra ser recebido íntimo
ainda que só como afago
mas de um afim- ínfimo

no meu direito linfático
de súplicas ao teu apelidado
em nome do anônimo que me é necessário
deixo este-solto-abraço-apertado
este virtual espaço contato
para qualquer outro cruzamento-doce-encantado
quem sabe mais rubro e enfático
onde eu possa rimar meus sonhos com os seus (de quaisquer intenções)-braços

ó... menino...
esquece não que poesia tem doses dramáticas de apelo
mas os gostos e dissabores da minha tréplica estão diluídos
pelo nome deste salão de você afim
intervimos com suavidade
nesta casa-on-line
de fazer chá-de-mim






menção à arte de quinho (meu amigo-parceiro-ilustrador-mais-admirado-conhecido-lindo)
usada para remeter ao comentário da DELICIOSA-intervenção de anônimo no comentário do post "NÃO TIREI PARTIDO, MAS SEI: ABUSEI"