2 de dezembro de 2009

desenhei com dois i

não tem você aqui
fui eu quem abusei de mim

lambusei
mas
descobri a delicia indiscreta das minhas feridas
e
se não me engano
não vi seu vocÊ por aqui

eu andei de tatu
fui ao japão com bicicleta
ganhei um beijo escondi-o na perna

e nada de você em mim


desenheii e voou meu balão na pedra
comi arroz no dia da festa
chamei seu vizinho de... besta
e o resto acho que esqueci!

parti...
deixei pra você
por aqui um pedaço
da minha festa

e do doce-delicia q me fez sair...

2 de novembro de 2009

essa sua não visita

hoje empenhei-me na derrota
não compro briga pra amor
se amar for desprezar meus dedos que tanto lambusaram você por aqui
posso estar errada em quase tudo
mas posso também saber quem sou
essa é a dose mais silenciosa da minha própria pessoa em-bebida
e foi aqui,
nessa mesma localidade onde me-sei-de-mim-minha
foram nesses dias
que não encontrei você
ao invés de consumida a flamejantes insistentes desesperos
troquei la-grimas por la-ranja ou c-vitaminha
e agora
essa tinta-minha não se exita mais com a esperança da sua visita
e sim
teme tingir vocÊ nessa pequena agonia
leve tristeza constatadora de estar viva
de estar sozinha
de você amargar
hoje lamento empenhar-me em não querer mais
ainda sim, nessa minha cozinha onde fervo as águas
de passar o meu chá
há uma geladeira
que teima em te conservar
devo estar errada em crer que perecível sendo
uma hora não vindo ao meu prato
ainda há de estragar?
No aguardo

que.. vc bem que... não aparecia!

nenhuma visita sua
tardia hora escolhida para me observar
maldita eu
que aqui
sempre te faço referência despida
palavras de uma minha tão desnuda
dedos tão fracos
mas tão embebidos em fartos d-de-desejos
mas com você só privações
temo pelos dias que virão me trazer indícios
de que eu nada deveria esperar
de que ceguei a ponto de não notar o desprezo que você...
que você bem que podia
que...
vc não apareceria
que
nenhuma visita sua?
será mesmo essa a sua triste comovente saída?

3 de setembro de 2009

nos outros contos

reverberavam em mim como em ebulição
exitando-me
provocavam ali
no centro cardíaco da minha U.T.I
uma movimentação que pareciam aguçar meus íons
revelaVA os negativos de uma angústia
que parecia que podia ser

minha




as imagens que surgiam nas fotografias das memórias
que essas sim,

sabiam-se minhas
acusaram
enfim
a sempre presente formação torrente
dos tor-nados intempestivos de uma fúria-de-menina
ventos de corrente?
monho de manto
coberta da angústia
que sob muito custo
e que até então
estava...
era...

Adormecida

será que era bela como nos outros contos?

23 de julho de 2009

mas era preciso

nada permaneceria no lugar
nada do que eu havia percorrido
nada sobreviveria ao julgamento
nada do que deveria ser selecionado
nada para guiar a novidade
nada para abrigar outras cidades
nada

nada de nada
sinônimo de coisa nenhuma
de algum... NADA

mas era preciso

era preciso
era preciso
era preciso
eu preciso era
eu era
eu hei de encontrar outras chaves
ou compraria outras portas?

13 de março de 2009

Coisas do nada em mim

nesses dias nada
era também o que me bastava
não suportava o atraso do meu pensamento
o descaso que eu mesmo acumulei
o desacato com que eu nada formei
formatando
no meu jeito grosseiro de ser
foi que criei minha família em mim

e até o amor que eu ensinei me incomoda
por que eu não aceito
não quero ele de volta
quero você
quero mesmo
na minha porta
me pegando de costas
mas essa distÂncia dos meus olhos
essa distãncia eu não tolero
por isso nessas coisas do nada que acontecem em mim
nesses dias do nada
que do nada eu quero nada ser
a não ser voltar
tudo dói em estar longe
em nada
do nada
aceitar

palavras do NADA em mim,

... DE NADA, mesmo assim!

28 de fevereiro de 2009

pontosemespaço


(TEXTO E DESENHO POR TATA MUCHACHA)
... Dia após dia, escarrava aquela secreção indesejável, fazendo cuspir pregações ensopadas de desejo.Escorria nas coisas mais simples a sua compulsão, descrevendo sua vontade irritante sobre o corpo usado.Um apaixonante corpo usado pelo desprezo, vencido pelo desespero tragado de uma vida errante.Vestígios viciosos com rendas desnudas que mais pareciam o couro de um animal vulgar e vencido.

Noite após noite, em seus pensamentos, povoava a leveza daqueles lábios intocados de carne pura e escarlate. Enquanto isso outros lábios invadiam, com a língua, sua úmida cavidade íntima.Era assim que adormecia: sobre sua face enferma descansando a fúria dos seus seios em cólera, do seu peito em falta!

Não conseguindo o repouso, descrevia a paixão de seu corpo usado...


tudo não passava de um devaneio tolo de um ponto nãoseguidodoespaço

eu hei

Eu hei... Pois que há em mim o indivizível desejo já descoberto nas partes... Nos toldos das ruas da qual ando à parte
deve ter algum cinza indiscreto para revelar-me em minha arte
nunca com A de acadêmico maiúscula

4 de fevereiro de 2009

pó xadrez

às vezes decantava sua poeira sobre o meu ar
secando da manhã o orvalho que dava cor à vida
fuligem
pó xadrez do seu pigmento em mim

3 de janeiro de 2009

torpedos on line 03/01/2009



mensagem 1/2 (tentativa 1: senha incorreta/ tentativa 2: ocorreu um erro no envio da mensagem/tentativa 3: mensagem enviada com sucesso)

ainda que o teu silêncio tenha dissipado a minha coragem, não posso deixar de dizer que sinto a sua falta. E se não posso + invadir tuas águas com os


mensagem 2/2 (tentativa 1: senha incorreta/ tentativa 2: mensagem enviada com sucesso)

meus dedos, permita-me deixar-lhe o beijo mais doce de afeto que vc já ganhou. Desculpa a invasão, Tata