9 de janeiro de 2008

Arteiros e sós

Hoje esfreguei e a palavra conversada em argila e tinta sumiu
Hoje eu insisti e a teia da aranha comida em minha perna saiu
Nada ficou no lugar onde cruzamos os risos em par
Nada encontrou-se onde colidimos prazeres em ais
Nem dor
Nem expectativa
Nem rancor pela tua malícia
Nem amor
Nem carícia
Só uma gozada-atrevida-e-gargalhada-poesia!

Ontem...
Era um feito de tentar a ação
Um feitiço artístico
E Foi uma eufórica tentação

Ontem
Era o efeito da emoção
Uma efetivada libido
E Foi uma incontrolável sensação

Ontem
As letras tingiam-se intoxicadas de um querer latente
Intoxicando-nos embriagados
por entre os poros de nossas peles
As bocas explodiam piadas
Voando em risadas
Que permeavam as entranhas por entre as nossas carnes de leve

Ontem
Fomos os astros Doente de Câncer
Envenenados por Escorpiões

Hoje somos
Artistas de nós
Arteiros e sós

3 comentários:

Anônimo disse...

Astros de Câncer... tbm sou e a sós!!!

Unknown disse...

Singêlo. Belo.
Aplausos!
Algo deu com o pé involuntariamente no meu escuro..
e se veio por aqui trouxe luz, companhia e claro mais poesia ...
Encantada é igualmente!

Anônimo disse...

como é bom ser arteiro...
mesmo que depois ficamos sós
(afinalllllll nós guardamos as lembranças)
beijos