30 de setembro de 2007


pois é...
Neste domingo onde a única badalada da hora anuncia o horário do remédio, aqui, entrego minha euforia à minha-dona mãe-de-CATAPORA-filho.
Os planos são de ficar 7 dias-infinitos
Achei que há 100 km da cidade-asfalto conseguiria esconder minhas meninas atrás das portas ou por baixo das camas e até mesmo pensei que andaria a madrugada de domingo sozinha e descalça apenas para pitar aquele cigarrinho-amigo-companheiro que acalenta as vozes do pensamento. Barulho-digestão da mente que ainda não se acostumou ao silêncio na hora de repousar.
pois é...
Neste final de semana-esconderijo, separada achei que ficaria dos representantes do meu afeto
Mas de nada adiantou ao meu-eu-bandido-foragido procurar abrigo tão perto do meu-eu-perigo.
Por que não sumi antes de oferecer meu apego, deixei desejos-mensagens, anseios-contatos-telefônicos. E para aqueles alguns que sabiam o meu endereço a pena foi de oferecer colo-sexo-atrevido-ao-relento-adolescente-de-minha-vontade-ardente-de-resgatar-o-prazer-de-dois-em-um...
Foi bem perto das grades e câmeras que garantiam minha segurança que voltei à idade da Pedra, pensando no x do sexo com medo da cor do nego descobrir o descompasso de sua amada. Recebi também ex-criatura-amada-e-pai, ex-melhor-namorado-amigo... ex-caso-relâmpago-mantido-em-segredo
E, há apenas dois dias de prisão domiciliar-espontânea, neste domingo...
Voltei a tomar vinhos para filosofar enquanto insisto nos cartões-bagunça-de-visita.
Seria este chá-de-mim um poderoso afrodisíaco que independe da minha vontade para se manifestar? Ou será que estes relatos são apenas efeitos-colaterais-devaneios que submetem-me à re-pensar na idéia de beber essa-erva-minha todo dia? Seria esse um sinônimo de vadia?
Onde deixei a minha certeza? Onde plantei a minha vontade... onde é que arranharei sua pele? Onde tatuarei meus dentes? Que libido é essa que não se entrega ao homem-amor mas não nega o menino-possibilidade?
Qual a vaidade que isso me desperta?
Aqui onde pensei que apenas aprenderia a alimentar a rotina-fêmea de ser mãe-catapora-cozinheira-nata e auto-cabeleireira, mulher-zeloza-creme-anti-idade e filha-atividade-física-de-um-saudavelmente-linda... Aqui... rabisco com minhas unhas-laranja-liberdade o rascunho de alguns dos meus medos...
Parecer vaziamente-vadia, perdidamente-menina... estupidamente-mulher.
Mas enquanto não chego ao entendimento com elas-todas-femininas-minhas... Vou fervendo água, pra fazer meu chá.
Vou contando tudo pra expurgar, vou deixando mudo o espaço de você palpitar

Não é maldade. Auto-cracia hoje é questão de preservar a imagem.
Enquanto reflito sugiro leitura de livros...