30 de janeiro de 2008

PRONOME PESSOAL DO CASO AFIM...

então
você nem sabe como eu te encontrei
se eu te procurei
eu te achei
assim sem querer
mas eu te trombei
sai trombada
indefinidamente abalada
mas não sou balada
pra ficar bonita
eu subo de escada
fico até o fim da noite
vou embora sozinha
na madrugada
levando de você
descalça
os meus pés nas ruas dessa calçada
mas sou toda em mim povoada
e volto pra casa
e se algum dia chegar
estarei lá
com você encasalada
de vocÊ casualizada
em você contextualizada

oi, tudo bem?
como vai?
vai querer?
não esotu oferecendo
estou perguntando
desejando mais
por que ainda estamos apenas nos falando
contando
trocando idéias para passar o tempo
contemporalizando o momento
deste seu vocÊ-em-cantos do meu pensamento

hoje meu dia foi cansativo
mas eu vi você
amanhã acordo cedo, vou encontrar as meninas
e depois entregarei-me ao descanso,
Fui!
Mas até aqui segui acompanhando
presenteando os verbos desse encanto
Tivemos sim um mesmo sentir nas mãos
esse encontro
acariciamos a emoção
até o ponto
e pro caso de não saber
descobri hoje o significado da palavra você:
PRONOME PESSOAL DO CASO AFIM,
QUE VEM SEMPRE ANTES
DO VERBO NO MEIO
E ENFIM
POIS NÃO TEM GRAMÁTICA
NESTE ADVERSO
QUE TE CONJUGA ASSIM...
EM MIM!

Minha neguinha!! Te quero minha...
A palavra caminha
Pela linha que te faz minha...
O som do silêncio...
Me faz um tormento...
Na brasa do meu sentimento...
Te quero em pensamento...
Sinto teu cheiro...
Paixão de um verso verdadeiro...
Apenas um cancioneiro...
´´Vem ni mim``, te sou por inteiro...

19 de janeiro de 2008

Vou VOcÊ!

eu vou andar
até o dia

eu vou perder
até te ver

eu vou querer
até acontecer

eu vou tentar
até você

eu vou falar
até magia

eu vou dizer
até saber

eu vou fazer
até o além

eu vou amar
até você

aí...
eu vou gritar
de euforia
eu vou dançar
com a alegoria

EU VOU VOCÊ ATÉ O FIM DA VIDA!

escapando da rotina
arrancando do tédio a batina
somando eu com você
multiplicando nós em alegrias!

18 de janeiro de 2008

O peixe de cortar das Marias



Uma homenagem às águas de Maria que são Rosa e Jardim


Suspensa nas tuas àguas

vermelhas de me parar

Intensa nas mágoas

azedas de te lembrar

Acesa nos letreiros

da noite de te encontrar

Tive meu dedo cortado

peçp peixe do seu desejado mar


Esse corte sangrado no peito

de você gostar

Dói além do desespero

de saber que não estás a me esperar

Arde mais que o salgado tempero

de você nem se preocupar


Surpresa nas nuas garras

sedentas na demasia de amar

Ilesa nas fábulas

e lendas desse abusado apaixonar

Despeço de ti a beleza

que só me trouxe a destreza

de pescar o peixe

das minhas mão ignorar


P.S:

Cuidei da ferida para não infeccionar

Limpei de todas as formas para logo sarar

Desenhei corações na bandagem...

... Que é para não ter que esquecer as imagens

Que zelam um você na saudade

Na hora que for para acordar!


CRÉDITOS DA ILUSTRAÇÃO NA PRÓPRIA:

15 de janeiro de 2008

Não... Vá!

ILUSTRAÇÃO DA ÚNICA AMOREKA MIA: NATTY POPS



Não... Vá!
quando você se for
eu não quero estar só
o amor é um capricho desconhecido
desavisado
cheio de nós
desobedecido
safado
envelhecido em pó
o que eu vou fazer com ele
se não tiver o seu umbigo?
como é que eu vou passear com ele
se eu não fizer isso contigo
o que eu vou colocar no lugar de você
na hora de casá-lo comigo?
Não... Vá!
fica mais um pouquinho
eu ainda não fervi aquela água minha
de beber você no meu chá
Não... Vá!
delete com tua boca a minha calcinha
permeie com a língua as minhas rainhas
deixe-me adornada de cansaço em tua saída
Não vá!
Mas se for não olhe pra trás
Nada disso aconteceu
Imaginado foste em meu olhar
desejado fizeste o meu andar
Admirado construíste esse meu gostar

E quando você se for, por que essa súplica é apenas o meu abrigo
+ Um pouquinho de medo desse vazio
x a dificultade de descartar todo esse seu menino...
Vou contar que :

Nunca acreditei no Principe Encantado
Pois não tenho fé na felicidade dos finais
Depois de todo o desmerecimento do passado!

Agora que você se foi...
Permita-me citar uma outra cujas palavras podem me consolar
quando a ausência tua for definitiva e as minhas letras quiserem te acompanhar...



Clarice Lispector (A outra - "Perto do coração Selvagem)

"Ah, Deus, e que tudo venha e caia sobre mim, até a compreensão de mim mesma em certos momentos brancos porque basta me cumprir e então nada impedirá o meu caminho até a morte sem medo de qualquer luta ou descanso me levantarei forte e bela como um cavalo novo."

9 de janeiro de 2008

Arteiros e sós

Hoje esfreguei e a palavra conversada em argila e tinta sumiu
Hoje eu insisti e a teia da aranha comida em minha perna saiu
Nada ficou no lugar onde cruzamos os risos em par
Nada encontrou-se onde colidimos prazeres em ais
Nem dor
Nem expectativa
Nem rancor pela tua malícia
Nem amor
Nem carícia
Só uma gozada-atrevida-e-gargalhada-poesia!

Ontem...
Era um feito de tentar a ação
Um feitiço artístico
E Foi uma eufórica tentação

Ontem
Era o efeito da emoção
Uma efetivada libido
E Foi uma incontrolável sensação

Ontem
As letras tingiam-se intoxicadas de um querer latente
Intoxicando-nos embriagados
por entre os poros de nossas peles
As bocas explodiam piadas
Voando em risadas
Que permeavam as entranhas por entre as nossas carnes de leve

Ontem
Fomos os astros Doente de Câncer
Envenenados por Escorpiões

Hoje somos
Artistas de nós
Arteiros e sós

4 de janeiro de 2008

Ah.. essa fruta-você já madura...

Ilustração: Lu Scudeler Fernandes... Mais uma mulher de braço da família de se admirar ( a minha!)

Ainda hoje...
na melódica solidão da noite
que insistia em não terminar
nas taças de vinhos que bebiam-se
para desse nosso chá se embriagar
no colorido da minha imaginação
que adora te pensar...
ou nessa dolorosa calmaria surda
de ter que ignorar...

Nesse ainda hoje...
de enquanto chovia
eu ouvia a gente passear!
e era um pôr do sol âmbar-alaranjado
de ofuscantes-desejos neon
E também eram pernas de rubro-sague
de um majenta-apaixonado para enfim amar!
aproveitavamos o rosa para nos tocar
bebíamos soda em cima do muro
para nos entregar
fechavamos-distraídos os olhos para encantar
jogamos flores de sementes-ardentes no ar
usando o azul para comer asas-de-sonhos
tingídos em gomos-verdes de voar

Ah... Ainda nesse hoje de con-junções flutuar
Eu tinha pintura-adorno
nesses olhos que não descansam
enquanto você não chegar!
Ah... esse caso cansado
e sedento do acaso de pés-que querem você-casar!
Ah... esse casamento de letras-de-casas
que tecem arcos-e írís
para acasalar !
Ah... esse meu coração-bravo
esse meu peito-lar!
Ah... essa fruta-você
já madura de comigo eu querer rimar
Ah... essa música paparicante
de te cantar
Ah... esse meu ópio delirante
de me fazer como quente-delícia
uma bebida-de-mim: Chá!

Agradecimentos especiais ao chá-de-mim efeitado de queijos e kits suiços e vinhos-proseados de acompanhar:
Leo Patriani: vira-lata negro-italiano famoso por sempre estar lá!
Nata: Tourinha suíco-brasileira de núvens nos olhos de mar
Natty: Amoreca-sócia-amante dessa minha adorável casa de fazer chás
Fabio: Homem de coração quente que com flores parece a chegar!
E Maria Rosa: que depois da briga de ontem encontrou bandagens coloridas de flores para se enfeitar!

ao que volta a ser simples...







Foto do dia em que as luzes fizeram coração na minha piscina pra comemorar:

Créditos: Fofo
Jão
Tata






houve quem quisesse que a campanha atingisse 2008
mas o ano virou infinito
o amargo tornou-se invisível
e o fato é que volto resolvendo doar-me ao lirismo
de tudo o que possa enfeitar-me no mar colorido
por que as ondas trouxeram-me o encanto
a areia esfoliou o meu pranto
dissolvendo a minha arma-dura

o sol tingiu minha pele da cor quase-da-sua
e eu banhei-me nua
na água temperada e pública
só para deixar o Infinito reinar...

A todos os grandes quase-amores do passado:
um altar improvisado
com afeto sincero e danado!
Aos grandes quase-amores Re-novados:
um convite para o noivado...
um abraço e um beijo pelado!
E muitas ruas para fazer despir o nosso anonimato!

Então...
Ao que volta a ser simples...

decido
dividida
fazer laço das pontas do elo que rompeu
escrevo sem tinta sobre o vácuo infinito que se extendeu
parte de mim partiu-se com a partilha
a outra
decidida
se perdeu...

às vezes distraio-me dos fatos
e percebo que falta não-tentar entender
devem haver coisas que exalam por si
todo encanto
ou não faria sentido econtrá-las
e assim...
fascinantes em qualquer pranto!

... e por não fazerem sentido
... ou por ignorarem motivos
fagulham em notas cintilantes
em bolhas multi-cores
de tecidos de algodão
são enfeites no céu de uma tarde esquisita
são risadas perdidas
em letras de papel-menina

... mas também são esquisitas as nossas dependências do saber
o nosso vício de procurar entender
os nossos incansáveis porques...
e os seus itolerantes detalhes
que explodiram como artíficio em fogos
para colorir um não querer
sem a coragem
até então admiravel
do seu Você

...esses detalhes ficam sem entender
pois hoje não há como
e nem instante pra porque

há algum tempo que não divido
o meu até esquecido-ausente entusiasmo
encontro um perder-me nos fatos
sussurro poesias pros atos
e ao admirado mundo dos as-sossegados
perambulo entre os incansáveis detalhes-seus-malvados

deixando recados ao tempo
soprando as mesmas carícias aos ventos
conversando com a peculiaridade do acaso
apenas pra servir
às horas
algum trocado
enquanto profetizamos a embriaguez
para sumir de vez
com você do prato!