23 de outubro de 2007

MÚLTIPLOS DE DOIS

Primeiro ato:

quando há um condicionador
de tempo
onde muitas unidades são necessárias
para contextualizar oque
pela ordinariedade-da-não-permissão
deveria ser evitado
o medo que dá em saber
é o adorno-sorriso-beleza
que você tem na cara -pra-suportar.

Segunda cena:
toda a fantasia que desperta-envolve esse des-envolver-se
exige também a renúncia
e a in-condicionalmente-vinculada
DOR!

Terceiro plano:
dor é matéria prima do produto: DOIS!
há de haver capacidade para conciliar
AMOR pra fuder
TESÃO pra saber
EMOÇÃO pra dividir
PRAZER em reconhecer o multiplicar

QUARTO-de-ficar:
é que depois da água-transpirada
que mela salgada
como-o-mar
o INFINITO é uma estourada
de in-calcular no peito
que derrama na cara-de-cada
esse fim de tarde postado pelo sol
essa lua-cheia-de-intimo-enfeitada num mol

Quinto-elemento:
e nessas noites de compor
essa colocação composta
essa composição exposta
nesse quando
de tudo isso lhe ser oferecido-seu
espero apenas saber:
qual o dicionário-expresso-de-emoções
você pode usar nas nossas multiplicações
de DOIS?
qual é a distinção que do seu encanto ecoa?
e qual a sutileza do seu pranto-que-voa?

Sexto-sentido:
certo tanto quanto genuíno
neste baile-de-você-poder-dançar-comigo
mais de um-sabemos
qual é a graça de ficar juntinho
até as luzes do dia se ascenderem-carinho

Sete-centos:
EXTRAPOLAMOS
E AGORA SABEMOS
E O TAMANHO DE TODO ESSE AFINAMENTO
tatua-se constelado nesse também-desse-todo
SENTIMENTO

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