1 de novembro de 2007

súplica ao apelidado

réplica de anônimo ao post http://cha-de-mim.blogspot.com/2007/10/o-seguinte-eu-sei-abusei-mesmo-sem.html

Anônimo disse...

seu sorriso ao bailar era †ão lindo
espero que entenda
que lembre
pois não minto
no gueto que vivo
nåo tenho tempo para conflitos
assim vou no flow
dito o ritmo
não me iludo
sou cativona melódica-balada da noite
simplesmente vivo

então entenda
escute aqui
palavras são palavras
gestos são gestos
malandro é malandro
mané é mané

rima pobre tem de monte
existe também gente de pouco horizonte
gente que não merece afronte
de boca pequena e cú grande

gente que não é interessante
de papo bom e curvas massantes
que não dança mais
mas que dancou antes
mesmo sabendo que o som é pulsante
e vai continuar no volume máximo
feche os olhos.
amanheceu.



Súplica ao Apelidado:

no meu direito democrático
de tréplica ao anonimato, caro apelidado
conduzirei o "x"deste momento
à poética-terraço do meu relento
estou no mais doce cruzamento de um paulista
com uma do interior-hóspede-brigadeiro-de-mulher-menina

é assim
dando voz de sopro ao vento
que eu peço, em pensamento
o descaso-flutuante para ignorar qualquer desentendimento
que posssa interromper o seu número
de continuar encontrando baile no meu mundo
sob melodia elogiada dos meus sorrisos tocando de fundo

no meu direito democrático
de tréplica ao seu anonimato, caro apelidado
no céu-do-centro-urbanizado
contemplo suas cores-respostas
com a pureza de minhas mulatas nuas
é que para escrever suas palavras
ao leste do eixo
nas minhas ruas
encontrei o mesmo-seu-gueto
na cor da carne das minhas-pretinhas-cruas

no meu direito democrático
de tréplica ao nosso anonimato, caríssimo apelidado
aqui nessa terra de amargo ou otário
eu sou açúcar
tú também é mascavo
somos causas-consequentes
matérias-brutas do mesmo aço

ENTÃO... TRÉPLICA-SÍNTESE-E-CONCLUSÃO:

no meu direito auto-crático
de súplica ao apelidado
peço-em-declaro:
que pelo meu-de-mim-minha-dedicado
não-me-ofenda
ou que apenas sinta a pausa-silêncio desse afeto
como oferenda
ou que se renda (hummmmm!)
entenda que meu coração-moçambique-desregrado
é libertino-escravo dessa preta-bomba-explosão
mas é alforriado mulato dessa emoção

e se os batuques de um tocar singelo
por vezes soam safados
é que é pra ser recebido íntimo
ainda que só como afago
mas de um afim- ínfimo

no meu direito linfático
de súplicas ao teu apelidado
em nome do anônimo que me é necessário
deixo este-solto-abraço-apertado
este virtual espaço contato
para qualquer outro cruzamento-doce-encantado
quem sabe mais rubro e enfático
onde eu possa rimar meus sonhos com os seus (de quaisquer intenções)-braços

ó... menino...
esquece não que poesia tem doses dramáticas de apelo
mas os gostos e dissabores da minha tréplica estão diluídos
pelo nome deste salão de você afim
intervimos com suavidade
nesta casa-on-line
de fazer chá-de-mim






menção à arte de quinho (meu amigo-parceiro-ilustrador-mais-admirado-conhecido-lindo)
usada para remeter ao comentário da DELICIOSA-intervenção de anônimo no comentário do post "NÃO TIREI PARTIDO, MAS SEI: ABUSEI"

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