29 de novembro de 2007

sem trocado

Foi o gosto da ilha

pipocado no corpo feito muitas agulhas

que espetou o desejo

exalado de um beijo

E foi o coração...

AHH, o coração-aquele - mesmo

o responsável pelo cheiro

que decolou no avião

deixando rodado o pasageiro

que partia no ônibus cheio

afetado em sua lotação

ô acaso danado de ligeiro

mas houve quem-em-mim quisesse

que aquele silêncio

conjugasse um mundo inteiro

de um pequeno ruído certeiro

estalado

no sentir coagulado

expresso de um fulgaz demasiado

a respeito do que aos comuns aborrece

e houve também quem-em-mim dissesse

que embora não fosse isso

o tudo em pouco que a minha menina merece

houve ali a original

possibilidade que permanece

um singelo adorno para o asegredo das preces

que as vezes em sonho

até pede para que o rapaz bonito de a-caso

regresse

e outrora em poemas de contos

suplica ä poesia

para que a rima da afinidade de sentir-se assim

afinado

de afim

para que essa liberdade de permitir o ir e vir...

... não cesse

ô vida cheia de aviões que as vezes não deveriam

mas descem.

para o rapaz cujo nome quer dizer moço bonito

para o o seu falar demasiado ingênuo de menino

para o sempre no peito

amigo!

para que o baile comece

e todo o som

é o preço do que permanece

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