6 de novembro de 2007

em ruínas ou ruídos o silêncio e o absurdo

nesta vastidão de ruídos mudos
onde chove um céu inteiro de silêncio
ou de absurdos
aqui na calma-nua
onde afortunam-se os escuros do mundo
nesta rua cheia de segredos puros
e/ou imundos
aqui nas águas de diluir qualquer um
e também surdos
tomei chá-de-estar-silêncio-em-mim
com canudo

e este cilindro de sucção nauseabundo
onde umidificam-se as pedras dos muros
ou inunda os chulos
aqui na cama tua
onde enriquecem-se as crioulas por seus furos
nesta viela farta de assoviar sussurros
aqui nas magoas de dividir qualquer superfície
do profundo
tomei chá-de-calar-em-mim
com todas as vozes do seus oriundos

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