faxina.
não vai mais escurecer. alongo. escolho expansão e manipulo. movimento o meu corpo e percebo-o pintando o campo expandido. tem o branco ampliando a espuma de poliuretano. telhado vivo. verde erva-doce sobre creme ricota. pão sueco performando ruídos na boca. um pouco de força mas ainda submisso. dor nas costas diluindo e a carne despertando da clausura.
fora um ano e meio. o cenário é pós-grandes-desilusões. os chãos ainda são os mesmos. mas as plantas não cresceram. eu não me dedicara antes a todos esses presentes q eu mereci ganhar.
não tem como me eximir de mim. vou ter que bordar teu peito por que no meu já escolhi você. por onde passeou tuas cabeças antes da hora de dormir. bordarei você, os meus bordéis. e sairei daqui.
não vai mais amanhecer tão longe assim das horas. e vai comungar. vai limpar e vai buscar do apreço em África o olhar que eu vou merecer alcançar na tua retina.
fui até o Rio de Janeiro, onde uma dama da noite de acompanhar, flor de uma só noite que me foi dada e pela qual, para assistir terei q esperar todas as luas.
fui também lá onde vende papel, onde a casa é grande mas só cabe a cama, o quarto-suíte e as lamentações ensimesmadas. lá faço bolinhos de chuva e limpo sua casa.
queria dizer muito mais. mas não vai mais escurecer. alongo. expando. e vou movimentando o meu corpo pintado pela espuma branca de poliuretano. o meu telhado é vivo. performo o teu umbigo.